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OS DESPENSAMENTOS INCULTOS
A ciência explica que o ser humano faz uso de apenas 12% da capacidade cerebral. Os cientistas que chegaram a essa conclusão usaram os seus 12% de capacidade intelectual, portanto, a porcentagem não é conclusiva, trata-se apenas de uma suposição. O porcentual pode não ser maior ou menor, certamente é menor, a prova são as exposições de inteligência dos humanos em todas as áreas do conhecimento, a ignorância está presente em todas as atividades intelectuais do elemento humano. Dois termos são a confissão do grau ignorante que se submetem no dia-a-dia os portadores de vida inteligente, ou seja, todos os que vivem uma condição suficiente para que sejamos denominados Homo Sapiens, um título que auto nos contemplamos, são eles o “coisa” em qualquer tempo verbal e o “com certeza” com referência ao futuro.
Usar a palavra coisa para identificar qualquer coisa e desconhecer o nome real de tal coisa, é uma declaração de réu confesso. Nas três coisas grafadas no texto anterior, poderiam ser substituídas pelo termo correto. Na primeira, o texto; na segunda, o conteúdo e na terceira a conclusão. O parágrafo ficaria então: o “texto” através do “conteúdo” demonstra a “definição”. Uma economia de três “coisas” viciadas para não dizer nada. Enfim, “que coisa”.
Quanto à ignorância II o “com certeza” usado para respostas no futuro é um acinte à inteligência de quem pergunta e uma confissão da falta de raciocínio lógico de quem responde. Um exemplo: você vai almoçar na casa de sua mãe amanhã? Resposta idiota: com certeza. Para substituir a suposta certeza, pode-se apelar para o “talvez” ou para um “depende”. Nunca “com certeza”, porque o fato se dará amanhã, e até lá a mãe poderá ou não fazer o almoço; fazendo, poderá não convidar o filho; convidando, o filho poderá recusar, o tal amanhã da pergunta estará sujeito a mil acontecimentos que mudarão o rumo daquele dia, como acidentes, desastres e toda sorte de acontecimentos – menos um: o com certeza!

RECEITA
Dado às asneiras escritas na internet de cunho gramático, logístico e até de entendimento básico, há que se recomendar a leitura de um dicionário antes de se aventurar no complexo do texto, usado nas ditas mensagens que ao serem lidas deixam espaço para várias interpretações e entre elas existe sempre uma que denuncia uma burrice crônica de quem fala mal e escreve pior, usando um escape os superpoderosos emojis – kkkkkkkkk!
Como ler um dicionário de mais de duas mil páginas em papel-bíblia? Simples: começando pela vogal A e seguindo a ordem dicionarizada, ou seja, rigorosamente alfabética. A leitura deve ser seguida até se tornar cansativa ou sem interesse, mais tarde ou no dia seguinte voltar a ler daquele verbete em diante. Aposto que a curiosidade e o interesse serão tantos que a leitura continuará até o limite da consoante Z – muitos voltam ao A e repetem a operação “leitural”.

FRASE
“A verdadeira felicidade é a busca por ela” (Do autor da coluna durante a busca).

PRIMEIRA CORRUPÇÃO
A corrupção é natural no Brasil, nasceu junto com o país, no registro de nascimento do Brasil, que é a carta de Pero Vaz de Caminha, o autor narra com detalhes o que viu na Terra Nova, com palavras dirigidas ao El-Rei, de quem as terras passariam a pertencer. Caminha aproveitou a missiva, depois de elogiar o rei, fazendo parecer que o descobrimento foi obra real, o missivista pediu um favor especial ao monarca: mandar vir da ilha de São Tomé, na África, seu genro Jorge Osório, onde estava por ter roubado uma igreja e ferido um padre. Era casado com a filha única de Caminha, Isabel, pegou um ano de cadeia e degredo por tempo indeterminado pelo crime. Não se sabe se D. Manuel atendeu o pedido, porque Caminha morreu em Calicute durante uma batalha em 1505. O rei não leu e não poderia, se é verídico que a carta de Caminha ficou esquecida em Lisboa até ser encontrada na Torre do Tombo (Museu) em 1788.

TRECHO DA CARTA
“E, pois, que Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra coisa que levo de Vosso Serviço for, Vossa Alteza Real de ser muito bem servido, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da Ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro, o que Dela receberei com muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Mercê (há um erro aí – seria Vossa Alteza). Deste Porto Seguro, dessa Vossa Ilha de Santa Cruz, hoje sexta-feira, primeiro dia do mês de maio de 1500”.

AMAZÔNIA LEGAL
Em 1965, quando surgiram as primeiras dúvidas no mundo pondo em xeque a Amazônia em relação ao Brasil. Falava-se em internacionalização da parte brasileira e do restante do complexo amazônico Bolívia e Peru. Os EUA foram os primeiros a idealizar um país neutro no contexto, governado pela ONU. O Brasil e o mundo foram contra e graças a órgãos internacionais de defesa de solo e fronteiras o assunto foi esquecido; porém, cada vez em quando o assunto volta à tona.
Foram os EUA que, em 1972, enviaram o guru político armênio, Sana Khan, para dar seu parecer sobre a Amazônia, local que visitou pessoalmente. Numa audiência no Congresso Nacional, em Brasília, o Mister Khan profetizou: “a solução para a Amazônia é inundá-la totalmente, transformando-a em um mar, que em mil anos seria a maior reserva petrolífera do planeta, graças à decomposição vegetal, uma riqueza para o futuro do Brasil”. Sumiram ele e a ideia!

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