PARTIDO DO PALANQUE
Se tem uma coisa no Brasil que ainda está na época das cavernas é a política partidária, é até uma ofensa ao conceito universal de política denominar um partido de político. Os integrantes das legendas mudam de partido sem mais nem menos, mudanças que nunca acontecem por idealismo, sempre por interesse pessoal, acontece muito, principalmente no legislativo, em todas as instâncias, do legislador ao ser perguntado de qual partido é, e a resposta vem pronta, sem nenhum pudor, sou do partido do prefeito, do governador ou do presidente, do partido ele mal sabe soletrar a sigla, o nome todo para falar ele titubeia.
Nas eleições os candidatos vivem a época dos comícios sobre um caixote, tem até piada sobre. O caixote evoluiu para um palanque armado rusticamente que muitas vezes despencam devido o sobrepeso dos promessinhas e patriotinhas, gritando textos decorados ou assoprados no ouvido pelo marqueteiro da campanha. Não é raro o candidato empolgado errar o nome da cidade, ao confessar que ama o povo e as criancinhas. Em Monte Alto, lá no palanque da Praça São Benedito, um candidato a deputado gritou em plenos pulmões: “eu amo essa cidade de Jaboticabal”.
Depois do palanque armado apareceu o horário eleitoral gratuito no rádio, no início foi uma loucura, os candidatos levavam ao microfone textos decorados e mesmo assim cometiam absurdos imperdoáveis. Foram necessárias as gravações, que enviadas às emissoras eram levadas ao ar no horário reservado, na ansiedade de falar mais um segundo, muitas gravações estouravam o tempo, mesmo que por segundos, e o inevitável acontecia, o partido concorrente exigia o mesmo tempo no seu horário e ocorria o famoso direito de resposta. Enfim, um carnaval de samba!
Após o rádio veio a TV, com horário reservado, debates e entrevistas, tudo cronometrado. A TV não era decisiva e ainda não é, no máximo ela induz o leitor a avaliar a figura física do candidato, sobre as ideias, os projetos e as promessas, o telespectador fica alheio, o interesse dele é que o horário eleitoral passe logo para dar espaço ao futebol ou à novela. Não há influência no resultado da eleição, nas falas e nas imagens o eleitor quer mesmo é ver o “circo pegar fogo”.
Chegamos à mídia digital, nas endeusadas plataformas, cujo nome é deturpado para redes sociais. Como quem tem internete (escrevo assim e o corretor de texto registra internet). Computador ou celular não mudarão o voto de ninguém, os candidatos têm esperanças de acontecer o contrário. Sobre a mídia digital pode-se usar a frase do portal do inferno de Dante: “deixai aqui todas as suas esperanças”.
NEGOCIATA
Em 1.867, dois anos após a guerra civil, os EUA compraram o Alaska da Rússia, que vendeu o território porque não conseguia administrar aquela imensidão. O negócio foi fechado por 7 milhões e duzentos mil dólares. Em dois anos, os EUA recuperaram o dinheiro com a venda de salmão e outros pescados.
GLOBAL S/A
Quando os países ocidentais fizeram a proposta de união da economia mundial com o nome de Globalização, o Brasil aderiu e todo mundo aplaudiu a iniciativa do país, que a partir da adesão seria igual aos grandes países, como EUA, Inglaterra, França, Japão e Alemanha. Na teoria era verdade; na prática, ilusão.
Essa coluna, sumida no espaço da informação, fez um alerta grafado: não vai dar certo. Era um acordo entre carneiro, o cabrito e o cervo com o leão. Não sei quanto durou porque está durando o sistema globalizado, já que tem país levando a ideia do fim do acordo, com o nome de Desglobalização.
SALVADOR
Quando se discutia na capital do país, Salvador, se o Estado seria escrito com H ou não, o historiador João Clamon defendeu o H com o argumento de que não se podia dizer que o mais ilustre baiano, Rui Barbosa, tivesse na sua biografia como origem nascido numa baia (abrigo de cavalo). Venceu, ficou Bahia mesmo.
PÃO PLÁSTICO
Se acrescentar uma molécula a mais no sequenciamento molecular da margarina teremos outro produto: o plástico.
MÊS CÃO
O mês de agosto é chamado de mês do cachorro louco porque é quando as cadelas entram no cio. A cachorrada fica doida e vemos nas ruas os bacanais caninos. A loucura dos cachorros é culpa das cadelinhas.
FRASE
“O que se sabe, saber que se sabe; o que não se sabe, saber que não se sabe; isto é saber verdadeiramente”. (Confúcio – Kong Fu Tseu – sábio chinês).
TREZE COLÔNIAS
A Carta da Independência foi assinada por 56 signatários dos futuros EUA. Os quatro mais destacados foram George Washington, John Adams, Thomas Jefferson e James Madison, em 4 de julho de 1776. A Carta foi a base para a Constituição do país. Washington foi o primeiro presidente; Adams, o segundo; Jefferson, o terceiro e o quarto, Madison.
Logo após a independência, John Adams e Thomas Jefferson se desentenderam e nunca mais conversaram. Em 1.826, cinquenta anos da independência, no mesmo dia os dois morreram, com quatro horas de diferença – exatamente em 4 de julho.