Fordlândia
Em 1920, o maior industrial do mundo, Henry Ford, cuja montadora de carros era a maior consumidora de borracha do Planeta, pediu ao governo brasileiro um terreninho para formar um seringal. O presidente do Brasil, Epitácio Pessoa, ordenou ao governador do Pará, o cumprimento do pedido. Ford recebeu Um Milhão de hectares (415 mil alqueires) de terras com florestas virgens, entre as margens do Rio Tapajós. Tudo foi desmatado e a madeira transportada para os EUA no retorno dos navios que trouxeram todos os equipamentos agrícolas dos EUA para a Fordlândia (pronuncia-se Forlândia), cidade sede do futuro seringal. Cinco mil empregados foram contratados e foram plantadas 30 mil seringueiras. O projeto furou, as seringueiras sofreram uma praga que dizimou tudo. A planta nativa obedecia um sistema natural de espaçamento, que a livrava de pragas, quando plantadas em espaços pequenos uma das outras, secam e não produzem seiva. Em valores corrigidos, Ford teve um prejuízo de 3 milhões de dólares, quando abandonou o projeto. Ainda hoje existem ruínas da Fordlândia no Pará.
Febre
Os europeus chegaram na América portando doenças comuns na Europa, que foram fatais para os nativos, como gripe, resfriado, diarreia e infecções diversas. Os colonizadores receberam alguns trocados de volta. Muitos morreram de febre amarela, dengue e malária. Os lusos atribuíam algumas doenças tropicais aos maus ares ou mal ares. Português tem a mania de pronunciar as palavras rápidas e foi de males ares que surgiu o nome da malária.
Cocar
Os nativos norte-americanos se comunicavam através de sinais de fumaça, os brasileiros não dominavam a tecnologia, se comunicavam com danças que tremiam o solo, avisando amigos e inimigos onde estavam. Os pele-vermelhas (o nome é porque pintavam o corpo de vermelho, que não era frescura, mas uma proteção contra picadas de insetos), usavam a fogueira o tempo mais rápido possível, para que os inimigos não os localizassem. No entanto, sempre havia aborrecentes na aldeia, que os adultos não viam ao saírem para a caça, que acendiam as fogueiras mantendo comunicação com os de outra aldeia. Quando pegos em flagrante, o cacique da tribo fazia uma advertência: “isso é uma idiotice, quando vocês forem cara-pálidas, usarão celular sem responsabilidade”.
Bíblia
Um milagre que nunca foi mencionado na literatura religiosa, foi a obra de Judas Scariotes. Ele usou sandálias a vida toda e conseguiu perder as botas!
Baioneta
A Sétima Cavalaria, de Custer, estava aquartelada em um forte avançado, à noite o vigia sussurrou lá de cima: “General, general, um grupo de apaches se aproxima”. Custer pergunta: “São amigos, soldado?”. “Parece que são general, estão todos juntos”.
Frutose
Definitivamente: fruta não é sobremesa. Todas, combinadas, ou não, são pratos como carnes, legumes, cereais e outros.
Plaqueta
Todos os motoristas habilitados sabem que é proibido estacionar nas entradas de veículos, ou seja, nas garagens. As placas avisando sobre a proibição encontram-se em muitos locais. O curioso é que elas avisam: GARAGEM não estacione. Ora, meu, apenas garagem é suficiente, por garagem entende-se não estacionar!
Menu
Frequentar restaurantes é salutar, quanto mais gente fizer isso, mais as comunidades se integram. Todos são livres para escolher o que mais gostam. O que ninguém – ninguém – deve fazer na mesa é PALITAR os dentes. (Cigarro nem se fala!).
Tática
Muitos historiadores e alguns cronistas contemporâneos acusam os nativos brasileiros de indolentes e desinteressados no trabalho. Citam a agricultura dizendo que mesmo tendo vastas áreas próprias para as plantações, eles cultivam pouco, em áreas mínimas. Se eles lessem história e opiniões, responderiam: “se índio plantar bastante, na colheita tribo inimiga ataca e rouba tudo”.
Tempero
Lá pelo tempo de não sei quando, o Chico Pirombeta entra na venda do Nelo e pergunta: “Sr. Manoel de Oliveira, qual é o preço da pimenta do reino?”. O Nelo diz o preço e o Chico pergunta: “Sr. Manoel de Oliveira, é muito caro, será que a pimenta da colônia não é mais barata?”. (A pimenta do reino recebeu o nome porque no tempo que Portugal buscava especiaria na Índia, a pimenta era a mais cara e ninguém podia comercializá-la sem que o Rei aprovasse, foi o primeiro monopólio estatal da história).
Parnaso
Quando vemos as pessoas cantarem o Hino Nacional Brasileiro, notamos claramente que a maioria apenas balbucia a letra. A dificuldade de decorar está na poética dos versos. Eles não foram feitos para serem cantados com facilidade, porque são da escola parnasiana, clássica extremamente intelectual. Decorar versos dos Lusíadas é mais fácil!
