Mudança
A mídia nacional e os políticos brasileiros adoram pedir mudanças políticas e econômicas ao Estado. Os que querem reforma política, pedindo o parlamentarismo, voto distrital e até bipartidarismo, copiam sistemas europeus milenares, nos quais os cidadãos são altamente politizados, tendo passado por monarquias, ditaduras, militarismos plenos, reformas religiosas e revoluções de toda ordem, coisas que o brasileiro sequer imagina, porque nossa república, diante da história, ainda engatinha. A reforma básica e primária que o Estado brasileiro tem urgência é a educacional. Falta escola no país, não quantativamente, mas de alta qualidade, gerida por educadores de nível, que atualmente exercem um professorado ligado à alfabetização. Nessa educação cabe uma profunda conscientização familiar, cuja participação atual na escola, se restringe a orientar os filhos e aprender a ler e escrever. A Nova Escola, fruto da reforma educacional, é aquela que educa as crianças a serem filhos e os pais a serem educadores. Certa vez, o jogador de futebol, Edson Arantes do Nascimento, logo após a permissão legal de voto ao analfabeto, declarou que o brasileiro não sabia votar. A mídia destinou-lhe severas críticas, sem entender que “não saber votar” para Pelé, era não saber preencher a cédula eleitoral (na época era manual). O atleta manifestou sua opinião de acordo com a cultura que tinha e os que sabiam votar (escolher um candidato) fizeram as críticas, cuja avaliação era da escola alfabética, sem o devido valor educacional.
Lente
Não faz muito tempo, apresentei uma professora a uma criança de cinco anos. Disse o nome e acrescentei que era uma professora. A mestra me pediu para não revelar à criança sua profissão, porque eu poderia assustá-la. Professora assusta!
Cargo
Aos que pregam ou sugerem a adoção do parlamentarismo como forma de governo no Brasil, lembramos que, mesmo no presidencialismo, nosso país tem um governo semi parlamentarista, a votação na Câmara Federal sobre o “impeachment” da atual presidente da república foi prova disso. Se fosse um regime presidencialismo de fato, haveria o poder de veto sobre a decisão parlamentar. Também convém ressaltar que o cargo de Ministro “Chefe” da Casa Civil equivale ao de um primeiro ministro. Enfim, não é sistema de governo que determina o caráter dos governantes, são a idoneidade moral e a responsabilidade cívica.
Pedraria
Muita gente que usa pedrarias como ornamento, mal sabe que muitas são lapidadas de cropólitos.
Agro
O Brasil responde por 5% da produção mundial da alimentação vegetal e consome 20% dos venenos e agrotóxicos industrializados no planeta.
Frase
“Pobre quando rouba é preso, rico quando rouba vira ministro”. (Desnecessário revelar o nome e surpreendente seria a identificação do talvez futuro ministro).
IRFM
Se atualizarmos a fortuna do Conde Francisco Matarazzo, em dólares, ele seria o empresário mais rico do Brasil. Cerca de cinco vezes a maior fortuna atual, inclusive a de banqueiros. Quando ele chegou ao Brasil, na alfândega, em Santos foi motivo de risos, ao se apresentar para a avaliação médica, tinha um pé de meia furado. Matarazzo morreu tendo 400 empresas, das quais, 90% em São Paulo.
Sarjeta
Um proprietário de uma caminhonete manobrava para estacionar, quando um ciclista que havia deixado sua bicicleta no local, retirou a bike e passou a orientar o motorista, depois de sinalizar o local correto, o ciclista se aproximou do dono do veículo dizendo que estava bem estacionada. O sujeito “dono do mundo” sequer agradeceu a gentileza, dizendo: “a caminhonete tem câmara de ré”.
Barba
Qualquer tipo de lâmina de barbear, após o uso depois de lavada, se for seca, durará o dobro. Tanto com toalha ou com papel.
Iguaria
Trufa para nós é uma espécie de bombom de chocolate com vários sabores. Porém, o nome original identifica um cogumelo que cresce apenas perto das raízes de carvalho, que é desenterrado na época certa. A trufa existe apenas na Europa. O preço de um quilo varia entre dois e três mil euros. As lojas que vendem a trufa recebem encomendas até um ano antes da safra. O mercado sempre está em falta!
Traje
O costume de anfitriões exigiram roupas específicas dos convidados para suas festas remonta às monarquias europeias, que não permitiam que as oligarquias e os burgueses participassem dos eventos nos palácios com trajes mais elegantes e carros que a família real. Os convidados que insistiam, eram barrados na porta e incluídos na lista negra, onde seriam esquecidos para sempre. As monarquias asiáticas tinham a mesma exigência, com uma diferença, a desobediência era castigada com a morte, o que significava banição dos salões de festas dos sultões. As famílias imperiais do Brasil também exigiam o protocolo, sempre discretamente e ninguém ousava chegar às festas usando um traje mais luxuoso que a rainha.