Tábula Rasa
O rei Felippe II, da Macedônia tinha um filho na idade escolar, precisava urgente de uma escola para matricular o garoto. Indicaram-lhe o que havia de melhor na região do Mediterrâneo. Ele contratou o mestre indicado por três anos, tempo que o filho ficaria em regime de internato, à disposição do professor e de seus vários discípulos. O mestre contratado foi Aristóteles, que lecionava em uma caverna e no local dormiam e faziam as refeições. O regime se resumia a aprender ou aprender! Foi o que fez o filho de Felippe, o jovem Alexandre, que passaria à história como o Grande, já que até seus 33 anos vividos, conquistou o mundo, ou pelo menos, o que era conhecido como tal. Apenas para comparar: contratar Aristóteles naquela época (330 anos a.C.), era como hoje contratar todos os professores da USP.
Pesadelo
Monte Alto foi fundada em 1881, sete anos antes da Abolição da Escravidão no Brasil (Cuba o fez 20 anos antes). Nossa cidade, portanto, usou mão de obra escrava para erguer casas, paliçadas, prédios públicos e a igreja católica. Além dos cativos dos proprietários radicados na região, havia os de aluguel, ou seja, donos de negros alugavam seus escravos para terceiros, mediante cama e comida e uma recompensa em dinheiro ou mercadoria. O locatário dessa mão de obra podia castigar os escravos desobedientes. O “tronco” de Monte Alto, era aquela palmeira que ficava na esquina da Nhonhô com a José Cupertino Botto, que foi sacrificada porque podia cair, colocando em risco pessoas e imóveis. Não era necessário erradicar até a raiz da histórica planta, bastava cortá-la à meia altura e colocar no tronco remanescente uma grade protetora. (Tronco era o local onde o escravo era amarrado para ser surrado a chicotadas).
Gatilho
Não faz muito tempo, foi sancionada uma lei que passou a ser conhecida como Lei do Desarmamento. Foi falha, não apenas porque os bandidos ficaram armados e a população sem armas, mas também, porque o concreto ficou armado!
Degredo
Desde que o Brasil foi achado pelas naus portuguesas que os bandidos de Portugal presos foram enviados para as colônias lusas. O Brasil era o preferido por causa da dimensão territorial. A transferência era tanta, que muitos bandidos soltos no país lusitano, se deixavam prender para fazer uma excursão em solo brasileiro. Quando as autoridades locais brasileiras, por causa do excesso de pessoal, proibiu a vinda de novos bandidos, Portugal achou um jeitinho de enviar os meliantes para cá. Como eram aceitos os cristãos, tidos como gente boa, para esvaziar as cadeias lusas, ensinavam o Pai-Nosso e a Ave-Maria aos detentos, que desembarcavam no Brasil, cumprindo a obrigação imposta para descerem em terra: rezar as citadas orações!
Pequim
Um grupo de turistas ocidentais observa, no canteiro de obras no centro de Pequim, dois operários discutindo aos gritos e gesticulando muito. Todos ficaram vendo quanto duraria a discussão. Um turista se dirigiu ao guia e disse que em breve os operários partiriam para a agressão física, porque a situação estava em pé-de-guerra. O guia observou: “isso jamais acontecerá, porque aquele que partir para a agressão física estará confessando que não tem razão”.
Pomar
Gírias aparecem e somem facilmente. Banana era um sujeito bobo! Goiaba era alguém que não entendia o teor de uma conversa. Laranja ainda é o sujeito que se coloca à disposição de alguém para realizar um feito condenável. Pamonha era o cara meio bobo. Mané é um otário.
Pauta
Na ilha grega de Creta, um professor de filosofia se apresenta à nova turma dirigindo-se à frente da classe, escrevendo no quadro de aviso: Todos os cretenses são mentirosos! Em seguida, dirige-se à classe e pergunta o significado da frase, advertindo que a resposta certa garante o ingresso no curso. Metade da classe respondeu certo e o restante errou. Se a frase é uma afirmação, o significado é verdadeiro, portanto, os cretenses não mentem, dizem a verdade, o que fica evidente na confissão.
Jato
Nunca vi alguém fazer uma compra no supermercado, pagar e despejar o conteúdo do carrinho na calçada. Também nunca vi alguém encher o tanque do carro e mesmo cheio continuar a despejar combustível no chão. Vejo, porém, pessoas lavando calçada com água potável, tratada, clorada e distribuída de casa em casa dia e noite. Trata-se da famosa “vassoura hidráulica”. Entre os que usam a mangueira com água potável na rua, estão os que durante a operação, ficam com o celular no ouvido. Não se trata de economizar água e celular, trata-se de aproveitar o cérebro.