TV GLOBO RIO
Na década de 1970, a TV Globo do Rio sofreu dois incêndios, o primeiro, em 1971, e o segundo, em 1976.Nunca se soube de onde e de quem veio cada um.
No segundo, os funcionários foram em massa ao prédio para salvar o máximo de materiais gravados, entre eles estava Jô Soares, juntando as gravações do seu programa. Quando um repórter viu a cena perguntou:
– Jô, se você pudesse quem tiraria em 1° lugar do prédio? Jô não titubiou, sem olhar para o repórter, respondeu: – O fogo!
CABEÇA DE BACALHAU
O bacalhau é o nome do processo salga, dois tipos de peixes pescados em alto mar e no próprio navio/indústria são preparados no “bacalhau” limpo salgado, embalado e finalmente salgado (sem cabeças). Foi durante muito tempo e grande parte dos continentes, alimento comum e barato, mesmo importado, caso no Brasil. Alimento de pobre era o bacalhau, sempre estocado nas despensas perto das cozinhas, pronto para suprir à mesa na emergência. O bacalhau salvava qualquer falta alimentar.
Quando alguém anunciava que viria para almoçar e a comida era curta, dependendo do desconvidado o dono da casa dizia: para quem é bacalhau basta! (ou seja, visita sem importância serve-se bacalhau).
Quanto à cabeça, no Brasil, jamais será vista, nas origens é uma iguaria disputada a garras e dentes. Um prato fino!
VERSÃO CABOCLA
O prato popular do brasileiro pobre, rico também, é o arroz e feijão. Não se trata do arroz com feijão, separados são bem vindos, nos pobres prevalece o feijão, porque tem mais poder energético e colhe-se com mais facilidade, isto é, as colheitas são mais rentáveis. Todas as casas sempre tem feijão cozido nas panelas sobre o fogão, o rendimento depende da água. Quando alguém aparece de surpresa para comer os donos da casa saem-se bem com a solução inédita: aumente água no feijão!
FLAGELO DE DEUS
O Império Romano desmoronou diante das tribos germânicas, que aplicaram no seu processo de guerrilha o sistema consagrado pelos Hunos, cujo maior líder foi Átila, chamado de rei dos hunos, que aos poucos avassalou pequenos países asiáticos e baseou-o na Europa. Foi na Europa que Átila recebeu o nome de Flagelo de Deus, porque ele invadiu todos os Estados Pa-pais, levando um perigo para Roma. O cavalo que ele pisava, até a grama não nascia. Quando Átila cercou Roma, o Papa pediu para falar com ele, e em nome de Deus resolveu sair fora da cidade para evitar a invasão. Tido por milagre o huno resolveu se retirar, voltando à sua terra. Foi assim que o Papa Pio XII passou a se chamar de Santo.
A história foi outra: o Papa disse a Átila que Roma estava tomada por uma epidemia de varíola e seus soldados seriam contaminados. Realmente foi um milagre. Átila nunca mais foi visto!
O CAVALEIRO DO REI
No século XII, na cidade de Pádua, em Portugal, vivia Fernando di Buglione, futuro Cavaleiro do Rei. Às vésperas da coroação oficial, para surpresa do pai, Fernando recusou o título, renunciou ao nome civil, adotando o nome de Antônio, buscando abrigo na moradia de vários monges, liderados por Francisco de Assis, radicados na cidade do mesmo nome.
Ao renunciar o título de nobreza, Antônio aderiu aos votos de extrema pobreza, dedicando todas as horas de sua vida a praticar a caridade entre o povo comum, aos aldeões, aos trabalhadores de todas as categorias.
Com Francisco de Assis liderando, os monges da Ordem Franciscana adotaram Antônio como seu principal líder. Trinta e seis anos depois de o mosteiro abrigar Antônio, Franciso morreu, solicitando a todos do convento que nomeassem Antônio seu substituto. Antônio recusou e passou a agir em igualdade com rodos os outros frades. Logo a convento passou a denominar-se Ordem Franciscanos sem liderança, cada frade assumindo uma missão dentro do grupo, a ordem foi reconhecida pelo Papa e consagrada pelo Povo.
O desgaste e a carência alimentar com as más condições de moradia, sacrificaram Antônio cuja morte aconteceu quando ele tinha 36 anos, em 11 meses Antônio foi oficialmente tornado Santo pelo Papa, sendo na história da Igreja o santo canonizado mais rápido e o mais querido pelo povo em toda a Europa e América.
SANTO CASAMENTEIRO
Dado aos inúmeros milagres atribuídos a Santo António de Pádua, paróquias, igrejas, capelas, mosteiros, espalharam pelo Mundo, com a reconhecimento oficial, pelo Vaticano e autoridades eclesiásticas. Além dos milagres, as lendas surgiram em toda parte; é atribuído a Santo Antônio o dom da ubiquidade (estar em dois lugares ao mesmo tempo). No caso, uma lenda, o Santo era visto em dois locais ao mesmo tempo, porque o povo confundia sua imagem com os outros monges porque usavam o mesmo hábito e o mesmo corte de cabelo, muitas vezes imitações de gestos e posturas de todos.
Quanto a casamenteiro, uma realidade, porque o prefeito de Pádua exigia que as moças se casassem até uma certa idade, impondo um imposto para quem não o fizesse. Santo Antônio incentivava os casamentos realizando-os no mosteiro pelos monges da Ordem de São Francisco. De lenda em lenda, de realidade em realidade, Santo Antônio foi consagrado o santo mais importante da história da Igreja.
SOLETRANDO
Os montealtenses pronunciam muitas palavras com sotaque, sem perceber, quando falam entre si. Basta alguém de fora participar das conversas que as palavras destacam. Em São Paulo, capital, os paulistanos se referem a nós como “Montearto. São motivo de piadas nossas pronúncias de porteira, pobrema e parmera.