CAMISA DE FORÇA
Conta-se como verdade, mas é lenda. Certa vez, um médico diagnosticou um paciente com esquizofrenia e indicou à família um tratamento no velho Esquirol, de Ribeirão Preto. Como não havia transporte adequado local, três amigos do paciente se dispuseram a levá-lo. Foram de carro, um dirigindo e no banco de trás os outros dois e o futuro interno.
Durante a viagem tudo correu bem, apenas tiveram um susto quando o paciente pediu para parar o carro. Todos concordaram, ele desceu e fez um risco de giz no asfalto, pedindo que o motorista passasse por baixo da linha branca. Todos convenceram-no que era impossível fazer aquilo. Ele concordou e seguiram viagem, até chegar no manicômio. Assim que chegaram, o paciente desceu do carro e entrou no hospital, seguido pelos outros três.
O diretor recebeu e cumprimentou o doente, perguntando: como o senhor conseguiu trazer os três sozinho?
(Um coçava o saco sem parar. O segundo piscava sem olhar no chão e o terceiro puxava a gola da camisa tentando arrancá-la pelo pescoço).
LOTEAMENTO
Um casal de corretores foi a Los Angeles, nos EUA, para comprar uma área de terras para loteá-la para residências de alto padrão. O nome dela era Holly e o dele, Wood, composto formou o nome do loteamento: Hollywood.
Mandaram fazer uma placa que instalaram no alto de uma colina, de onde era vista de muito longe. A placa era completa: Hollywood Land (Terra de Hollywood). Depois de vender um grande número de lotes, aconteceu um suicídio na placa. Uma moça rejeitada em um teste para atriz se pendurou nas placas LAND com uma corda morrendo na hora. Como seria uma propaganda negativa a LAND foi retirada, permanecendo até hoje, apenas Hollywood.
TRONO SURREAL
Toda vez que viajava no país ou para qualquer parte do mundo, a ranha Elizabeth II, do Reino Unido, transportava o seu vaso sanitário particular.
Entre seus secretários, dois eram encarregados do serviço “secreto”. Não se sabe se o filho, Charles III, também tem o mesmo bom gosto. Fora da realeza alguém tem a mania real, é a cantora Beyonce, ele leva na mala seu vaso sanitário sob medida, nada diz sobre o bidê.
DOCTOR
Nas faculdades de medicina brasileiras, como é de praxe, os futuros médicos atendem no hospital universitários um certo número de pacientes com as respectivas doenças. Assim que o doente morre há uma festa coroando o futuro médico como batizado na medicina.
SAUDADE
Na padaria Bom Jesus a confeitaria era especial, havia um doce que nunca mais apareceu lá ou em outra padaria. Era um doce embebido em mel, com a massa toda perfurada como uma esponja. Nome do doce: beijo!
MENINAS SABIÁ
Nas décadas de 50/60 o pessoal de Taquaritinga dizia que não gostava das meninas de Monte Alto (muitas estudava
lá), porque elas tinham as pernas finas, uma alusão ao mamão, fruta preferida do sabiá, o que faz tê-lo pernas finas.
CORDA BAMBA
Os suicidas quando partem para a tentativa, o fazem de caso pensado, ao tentar se matar, os suicidas não chegam ao extremo, porém chamam a atenção e passam a receber um carinho especial dos familiares e uma diferenciação social. Sobre eles ouve-se à boca pequena: é preciso tratá-lo bem, ele pode se matar, já tentou algumas vezes.
NOME NACIONAL
Um nome essencialmente brasileiro é anagrama formado pela palavra América. É o popular Iracema. Uma criação anagrama tica de Jose de Alencar.
Outro nome nacional, uma criação poética do nosso poeta maior, Marilia. Thomas Antônio Gonzaga, entre Iracema e Marília, o segundo é o mais original.
O poeta Gonzaga criou um nome para si mesmo amar Marilia. Marilia antes de mais nada é patriótico e o mais brasileiríssimo de todos, ainda que o casal nunca tenha existido matrimonialmente. Dirceu de Marilia nunca aconteceu na vida real. Gonzaga no desterro casou-se com uma fazendeira da África e a Marilia morreu de velhice.
MODISMO
Com a TV anunciando tornou-se curioso o serviço de mesa dos dois pratos populares, arroz e feijão. Qual vai por baixo? A conversa ganhou sentido pejorativo. Até que nem por baixo nem por cima – vai de lado!
CAFÉ TORRADO
Até 1970 havia em Monte Alto duas torrefações de café. A Cidade Sonho e a Pery. Eram concorrentes, ambos os donos vendiam o produto direto, pela ordem, Francisco Pelloso e João Valente da Costa. Foram exemplo de concorrência ética. Quando um colocava uma máquina em um ponto de moagem, o outro se mantinha à distância, mesmo que o cliente quisesse trabalhar com as duas marcas. Os pontos de venda obedeciam a ética: eu vendo o do Chico ou eu vendo o do Valente, diziam “as vendas”.
FRASE
“Não sou de Atenas, nem da Grécia, mas do Mundo” (Sócrates, respondendo de que país era).