DE GRÃO EM GRÃO
O prato nacional do brasileiro é o arroz com feijão. Ele é o líder absoluto em todas as classes sociais. Qualquer outro componente anexado ao prato é chamado de mistura. Entre as misturas figuram todas as hortaliças e legumes, todas as carnes bovinas, suínas e de aves. Há misturas exóticas e raras, como arroz-feijão com marmelada, com banana nanica frita, com banana maçã in natura, gomos de laranja pera, com melancia e por aí vai. Uma polêmica ronda as mesas das melhores cozinhas nacionais é a resposta à clássica pergunta: quem vai em baixo, o arroz ou o feijão? As opiniões mudam de acordo com a região do país. Divide-se entre o feijão e o arroz, um em baixo outro em cima. A resposta correta, um de cada lado do prato. Continua a dúvida: quem vai à esquerda ou à direita? Um palpite delicioso – arroz branco com ovo frito mole!
PERIGO A VISTA
Há um pessoal praticante de caminhadas nas ruas e avenidas. Trata-se de uma prática saudável e se não forem observadas algumas regras, a caminhada torna-se perigosa. Uma é a que trata da vestimenta na corrida e do horário, como usar roupas escuras ao entardecer e escurecer. Nesse horário, o motorista e o motociclista sentem dificuldade de visão porque a claridade fica prejudicada com o anoitecer e fica com uma espécie de embaçamento, colocando o caminhante em perigo de atropelamento. O correto é usar roupas claras e assinaladas com cores fortes como vermelha e laranja, com sinalizador nos pés, braços e pernas.
ANTENA
Até o final da década de 1960 a TV Record dominava a programação com a exibição dos festivais musicais nos finais de semana. Em 1967, o Festival foi vencido com a música “Ponteio” de Edu Lobo. A disputa foi acirrada, aconteceu até um caso inédito, foi quando o cantor Sérgio Ricardo não conseguiu cantar devido às vaias incessantes. Depois de várias tentativas, ele quebrou a viola ao bater com raiva o instrumento na bancada do pateo atirando os pedaços sobre a plateia. Os destroços caíram sobre uma moça, que ficou com escoriações leves. O cantor foi eliminado do festival. No dia seguinte um jornal sensacionalista deu a manchete: MOÇA VIOLADA NA PLATEIA DO FESTIVAL DA RECORD. FRASE “Viva a Monarquia”. (Brado na praça do Rio de Janeiro, por Marechal Deodoro da Fonseca, ato falho ao proclamar a República, em 15/11/1889).
PENA CAPITAL
A Pena de Morte vigorou no Brasil durante o Colonialismo e na Monarquia até 1855, quando D. Pedro II revogou-a depois de um fazendeiro ser condenado à forca por chacinar sua família de oito membros, que depois de executado foi provada sua inocência. O culpado confessou o crime e as provas o condenaram com materialidade.
MARIA FUMAÇA
As locomotivas a vapor no Brasil foram chamadas de Maria Fumaça devido à fumaceira do carvão. O trenzinho de Monte Alto também recebeu o nome e teve o nome de Trem Fumacinha. O trajeto cobria de Ibitirama, Monte Alto, Homem de Mello, Tabarana e Vista Alegre. Assim que o trenzinho saia da estação de Monte Alto, enfrentava a subida mais íngreme, a famosa subida do Dr. Júlio. Antes da locomotiva passar, a molecada colocava sabão nos trilhos para ver as rodas patinarem e a locomotiva acelerava sem sair do lugar. Precavido, o maquinista pagava para um funcionário colocar areia nos trilhos “ensaboados” e a aderência voltava ao normal. Era uma guerra entre a molecagem e os funcionários da ferrovia. Para mostrar que vencera, a locomotiva apitava assim que ganhava a reta plana depois da rampa.
MAR AMAZONAS
Na década de 50, o geólogo armênio visitou o Brasil e sugeriu ao país uma solução à floresta amazônica para resolver de vez. Era o famoso, Sana Khan, autor de algumas obras polêmicas pelo mundo como túneis, reflorestamento, represamento e alagamento. Ao amazonas ele propôs inundar o Estado inteiro tornando-o um lago/mar que ao longo de séculos seria a maior jazida de petróleo da Terra, toda do país, que seria o maior patrimônio da América do Sul. Khan foi expulso do Brasil como pessoa mal vinda.
AZEITE VIRGEM
Devido a maior alta nos preços das oliveiras e consequentemente do azeite, além de uma produção recorde, o país maior produtor da Europa, a Espanha, os donos dos olivais colocaram seguranças nas plantações para evitar roubos e saques. Outros países europeus também se protegeram com sentinelas em pontos estratégicos nos olivais. Aconteceu algo parecido em Monte Alto em um ano de grande produção de cebola e um preço alto. Cebolicultores montaram guarda armada na roça e nos depósitos estocados. Cebola vale ouro – diziam!