Receita
Virose é um termo genérico para definir as doenças transmitidas por vírus. Como é um processo ninguém “pega” virose.
Baú
Antes de 1930, o dólar era um ilustre desconhecido na economia mundial, quem dava as cartas era a libra esterlina, moeda inglesa, que não existia como papel, as moedas eram cunhadas em ouro 24 quilates. O papel moeda surgiu como uma necessidade física, porque transportar ouro era custoso e perigoso. Na década de 30, um imigrante italiano comprou uma propriedade agrícola em um dos bairros rurais de Monte Alto. Ele tinha três filhos, aos quais fornecia apenas casa e comida em troca de serviços na propriedade. Ele teve um mal súbito e agonizou alguns minutos diante de um empregado, já que os filhos estavam na roça longe da casa. Quando eles chegaram, o pai estava morto e o empregado disse a eles que o velho disse que enterrara três quilos de libras, em três locais diferentes do sítio, que eles deveriam encontrar. Depois de cavarem e nada encontrar, os rapazes decidiram vender a propriedade. Atualmente, o sítio já está com o terceiro proprietário e a lenda persiste. Vez ou outra alguém se aventura a usar um enxadão aleatoriamente com a intenção de achar o ouro. O dono atual que não acredita na história diz que quem quiser procurar terá como recompensa metade do que encontrar, ele até gosta que cavem a terra, porque assim fica boa para plantar.
Tabela
Quando o governo militar brasileiro lançou um sistema de distribuição de alimentos, os Ceasas, nós, com aquele idealismo idiota, acreditávamos que a função dos entrepostos era de comprar do produtor por um preço mínimo e vender para os distribuidores por um preço tabelado. Era um sonho! Os ceasas passaram a ser centros de especulação, sem controle de preço.
Dito
Desde 1950 que o brasileiro repete a expressão “amigo da onça”. Um personagem criado pelo imortal Páricles, estampava a última página da revista “O Cruzeiro” que era a preferida e a primeira a ser pelos leitores. A expressão nasceu de uma história contada popularmente no interior do Brasil. Um amigo conta para o outro que se salvou de uma onça na floresta, mesmo não tendo árvore, um pedaço de pau ou uma pedra, para defesa, apenas gritando forte, o que a fulgentou o animal. O amigo ouviu a história e disse que era impossível ter ocorrido isso, no caso a onça o teria devorado. O cara então disse a frase proverbial: “você é meu amigo ou amigo da onça?”. (Amigo da onça é o amigo falso que torce contra).
Outra frase muito citada é “no tempo da onça”. Era carioca e ganhou o Brasil, era a referência um antigo prefeito do Rio de Janeiro, cujas obras se tornaram obsoletas, isto é, antigas rápido demais. O sobrenome dele era Onça, logo a frase está correta: tempo DO onça!
Certificado
Atualmente, existe a certificação de produtos industrializados, que conhecemos como ISO. Antigamente, a certificação era feita e depois de aprovadas as mercadorias eram carimbadas nas embalagens com as letras X.P.T.O. Normalmente os produtos que recebiam a distinção eram ingleses.
Rumo
Quem já foi à praia certamente viu no mar barcos a vela esportivos. Sempre são muitos porque o esporte é muito apreciado. Lembrem-se que mesmo o vento soprando em uma única direção, os veleiros se locomovem em várias, inclusive cruzando entre si. O correto seria se moverem sempre a favor do vento, porém, não é o vento que determina o rumo, é a disposição das velas. Sua vida é assim!
To be
No governo Geisel, o ministro da educação era Eduardo Portela, um intelectual notório no país. Certa vez, ele deu uma declaração sobre a universidade no Brasil, coisa do tipo, abertura para todos os lunos. No dia seguinte, Geisel desautorizou a declaração. No mesmo dia, os jornalistas entrevistaram o ministro e ele disse que não podia responder à muitas perguntas, porque naquele momento ele não era ministro – estava ministro! (No outro dia foi exonerado).