O povo não lê, quando lê, não entende

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Lembro-me de uma passagem na época da escola em que a professora havia pedido à classe para lermos um conto de uma lauda para depois ser debatido com os colegas. Fui o primeiro a acabar. Uma colega virou para mim e disse “Já leu?”, eu respondi que sim. Ela depois me questionou “Você entendeu o que leu?”. “Eu não”. “Então você não leu”. Fiquei com aquilo na cabeça e fiz a seguinte reflexão depois dos questionamentos: para ler é preciso entender ou saber apenas o que está escrito?
Um dos grandes problemas que a educação enfrenta é o do analfabetismo funcional. Dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), estudo elaborado pelo Instituto Paulo Montenegro (PIM), e da ONG Ação Educativa e o Ibope Inteligência revelam que apenas 8% da população brasileira entre 15 e 64 anos é plenamente capaz de entender e se expressar corretamente. Há uma escala assim organizada: analfabeto (4%), rudimentar (23%), elementar (42%), intermediário (23%) e proficiente (8%). As pessoas inseridas na porcentagem nas duas primeiras categorias são consideradas analfabetas funcionais. São vários os fatores que contribuem com os baixos índices deste problema: desigualdade social, religião e principalmente a falta de políticas públicas para encabeçar um projeto, a fim de minimizar o problema. Não creio que para solucionar esta problemática é de cunho exclusivo do poder público. Acredito ainda que a família possa contribuir com as questões educacionais voltadas à leitura.
Uma criança precisa ser lapidada antes mesmo de ela entender o que é a leitura. Ler uma história, contar uma história, criar situações de fantasia dentro do ambiente familiar, podem aguçar este interesse e consequentemente a questão da interpretação. Se pararmos para pensar, essas políticas de incentivo à leitura e dedicada especialmente à questão do analfabetismo funcional deveriam ser implantadas em todas as faixas etárias, já que a pesquisa citada acima atinge também a terceira idade. Não é uma questão de priorizar os segmentos escolares da educação, mas sim, de mobilizar o país inteiro para apresentar o assunto em questão. Ficar culpando a má qualidade de ensino já virou praxe. A iniciativa tem que vir de casa. Há muitas crianças, jovens adultos e idosos que assim como eu era, acham que leitura é apenas ler o que está escrito e que não há necessidade de entendê-la.

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