Ao falar de passado podemos imediatamente relacionar vários termos e sentimentos ligados a isto: história, saudades, mágoas, perdas, lembranças, memória, aprendizagem, sofrimento e assim por diante. Como cada um tem sua história e cada um também sabe onde dói as suas feridas, o passado pode ser revisto, relembrado e revivido de diferentes formas.
Para alguns, o passado é parte da história e alicerce da construção do hoje e planejamento do futuro. Para outros, é fonte de tristezas e decepções, histórias mal resolvidas ou incompreendidas e que podem ser motivo para um presente cheio de tristeza, raiva e desavenças.
O que percebemos muito hoje em dia é a dificuldade das pessoas em lidarem com os fatos vividos e a forma como eles aconteceram. Tanto os idosos quanto os adultos e jovens e, em alguns casos, até as crianças podem apresentar tal comportamento.
O passado é importante. Depende de cada um de nós a forma como ele vai ser entendido e se refletir em nosso presente e em nosso futuro. O passado pode ser individual e coletivo. Às vezes somos personagem principal da história, às vezes coadjuvantes ou espectadores. E cada papel tem sua relevância.
O mais difícil é lidar com as histórias de grande sofrimento, pois, estes sentimentos estão quase sempre ligados à sensação inevitável de impotência, já que o que passou não pode ser mudado: os fatos vividos, a forma como eles aconteceram e as nossas reações não podem ser alteradas.
De nada adianta olhar para trás para se lamentar, para se arrepender e sofrer tentando encontrar motivos para o que aconteceu da forma como não queríamos se, neste exato momento, não é mais possível voltar no tempo.
Então, o que fazer com isto? Aprender a conviver com nossa história e aproveita-la, de outras formas, no único momento em que podemos: o presente.
O que passou não pode ser mudado, mas, o que fazemos destas recordações e como encaramos o que foi vivido pode ser. E para cada um isto tem um peso e um custo. Algumas situações são facilmente superadas, outras não.
É importante perceber que o que pensamos e vivemos agora está ao alcance de nossas mãos, de nossas escolhas e de possíveis mudanças, independente do que aconteceu lá atrás.
Perfeito e completo são os tempos da vida: o que vivemos para conhecer e aprender, o que utilizamos deste conhecimento para traçar nossa vida atual e o que, a partir das duas coisas, conseguimos juntar para preparar o futuro. A cada tempo, sua importância, suas tristezas e belezas.