O natal é paradoxal

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Particularmente, acho o natal triste. Desde criança, sempre enxerguei certa tristeza nestas festas natalinas. As memórias que eu tenho dos 25 de dezembro são inesquecíveis, porque sempre houve muita fartura na mesa. Mas, ao andejar pelas ruas, eu via muita miséria, fome, e nenhum Papai Noel para satisfazer as famílias que não tinham a mesa farta. O meu espírito natalino se tornava paradoxal: havia muita tristeza naquela alegria.

Não achava justo os lugares que tinham tudo e em outros, nada. Não achava justo uma árvore mágica rodeada de presentes e, nas ruas, famílias usavam as árvores para se esconderam da chuva. Não achava justo a fartura da ceia, sendo que havia famílias procurando o que comer pelos lixos das casas. Como posso pensar em esperança se não a vejo pelas ruas? Como posso pensar em inovação se as mesmas pessoas que eu vi na rua não têm oportunidade de prosperar? Como posso degustar uma mesa farta e abrir um presente se em muitas casas faltam as necessidades básicas? Sei que o mundo é injusto, mas não posso deixar de ter empatia como o próximo. Jamais!

Acho que toda essa cultura deveria mudar. Mas a mudança tem que vir de dentro. Sei que há muitas pessoas que fazem trabalhos incríveis para diminuir o sofrimentos dos desafortunados, e é nisso que eu acredito. Levar um sorriso, um abraço, um afago, um mimo entre tantos outros que possam mudar o dia de alguém é sentir o verdadeiro espírito.

Comemorar o nascimento de Cristo é dar vida e luz também para o próximo. Se ofuscarmos o brilho do outro não estaremos comemorando nada. O homem colocou um monte de simbologia para torná-la uma data capitalista, mas se esqueceu do verdadeiro significado. E como homens, devemos resgatar o verdadeiro símbolo natalino. Simbolizar o nascimento daquele se tornou a voz para a humanidade é ouvir também a voz dos fracos e oprimidos. É ouvir o choro de um bebê, assim como Cristo chorou, morando debaixo de uma ponte. É ver o caminhar de uma criança e enxergar o caminhar de Cristo. É ler a sua palavra e colocá-la em prática. É preciso enxergar a esperança nos outros para que possamos prosperar como espírito. É preciso enxergar o outro para que o nosso eu possa evoluir como pessoa. É preciso – e sempre será – praticar o amor e empatia para que o 25 de dezembro se torne menos dolorido em muitas ceias que não têm o nada, mas que podem ter o tudo que podemos doar e ceder. Este é o espírito. Feliz Natal!

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