Vale olhar o sol se esconder
Sob as luzes já acesas
Um perfeito entardecer
Vale pensar na lua
Como aliada e simples bruma
Contendo segredos de séculos e séculos
Vale sentir a chuva
Inexistente, beirando ao desespero leve
Vale almejar ápices sonhadores
Como o fim inexistente do horizonte
Vale sentir
Cada frio no estômago
E borboletas na barriga
Vale correr o risco dessa magnífica vida
Vale olhar
Olhar de verdade
Como quem olha pela primeira vez
Como criança tentando sair pela janela do carro
Vale sorrir, chorar, viver e sentir
Tudo cabe nesse vale
De amores e desamores, encontros e desencontros
Idas e vindas
Vale estar aqui…
Chamados e escolhidos para sentir.