Estou feliz, de uma felicidade
sem tamanho.
Como medir
a inconsequência
de um querer – bem?
De um amor que é só desejo,
que trás no abraço e no beijo
o gosto do talvez?
Amando e esperando
vou medindo o tempo
no quem sabe hoje,
quem sabe amanhã,
quem sabe quando…
Sou feliz nesta inconstância
tão vaga.
Não há grades, nem prisões,
não há ordens, nem senões.
Não há escravos.
Há somente, e tão somente
o meu desejo que é semente
e que germina na estação…
Há a terra, a chuva,
o raio e o vento.
Há a brisa de verão.
Sou feliz…