O beija-flor que habita entre nós

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Dias atrás, visitamos uma das tantas cachoeiras – por sinal, muito mal aproveitadas pelos munícipes – que existem na cidade. Fomos até às águas do bairro da Califórnia. É deslumbrante esta simbiose entre civilização e natureza. Mais deslumbrante do que isso, é saber que um único cidadão cuida zelosamente deste pedaço do paraíso.
As placas, escritas de uma maneira simples e singela e feitas de materiais mais singelos e simples do que a própria escrita, ajudam as pessoas a caminhar em segurança até aquelas águas que lavam as almas de quem as visitam. Os pedaços de cordas postos em lugares estratégicos facilitam a descida e subida daqueles desprovidos de certa capacidade física. Os sacos espalhados pelos arredores da cachoeira simbolizam um cidadão preocupado com o que temos de mais rico e belo dentro da selva de pedra. A conscientização que este munícipe passa para a população vai muito além da sua preocupação ambiental. É uma aula de preservação.
Mesmo caminhando solitariamente, ele faz o seu trabalho. É como a história do beija-flor e a sua atitude perante a um incêndio. Ele ia até a margem do rio, mergulhava, pegava em seu bico algumas gotas de água, voava até o fogo e deixava a gotinha cair sobre as labaredas. Questionado pelo elefante sobre a sua atitude, dizendo que seria impossível apagar o fogo, ele olhou nos olhos do grandalhão e disse convicto: “Eu estou fazendo a minha parte e se todo mundo ajudar com certeza conseguiremos alguma coisa”.
Talvez seja isso que este solitário beija-flor que vive entre o que chamamos de sociedade e o que admiramos na natureza quer nos dizer. Mesmo o ser humano castigando estas águas que lavam e purificam a alma, diariamente ele – o beija-flor que habita entre nós – desce até ela e faz o seu papel de um humano conscientizado. Não é uma tarefa fácil.
Por ser uma visita rotineira, os perigos que ele enfrenta descendo e subindo aqueles barrancos são enormes. Entretanto, a natureza sabe do papel que ele está desempenhando junto a ela. Acolhe-o como uma mãe que protege o seu rebento entre os braços. Ela sabe da importância que este pequeno grande ser tem com o espaço verdejante. Sua proteção é divina. Mesmo não tendo suas ações reconhecidas por aqueles que deveriam fazer, a mãe natureza o recompensa. Ele sempre será bem vindo aos braços maternos da mãe suprema. Mas ela precisa de mais filhos engajados em protegê-la. Não é porque está bem cuidada, prestigiada e amada que devemos virar as costas. Precisamos de mais “ Wagneres” – o beija-flor que habita entre nós – para manter a saúde eterna desta mãe tão maltratada pelos filhos deste solo.

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