Narcizo de Ponte e um pouco da história de Ibitirama

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img_1866Narcizo de Ponte nasceu no dia 05/10/1931, na Fazenda do saudoso Júlio Raposo do Amaral, em Monte Alto. Filho de Vito de Ponte e Maria Sega, tem 11 irmãos, um já falecido. Estudou até o 4º ano na Escola Dr. Raul da Rocha Medeiros. Em 1952 casou-se com Maria Iolanda e da união nasceram nove filhos: Hildo e Edinho (in memoriam), Roberto, Denilson, Neusa, Izilda, Rosa, Nilza e Roseli. Tem 22 netos e seis bisnetos.

Primeiro Emprego – “Meu primeiro emprego foi aos 14 anos, como lavrador, no sítio do Chico Pifane (in memoriam), na Cachoeira dos Martins. Fiquei durante dois anos em Vista Alegre, e com 16, fui trabalhar no sítio do senhor João Primo da Fonseca, no bairro rural Santo Antônio. Em 1956, aos 25 anos, mudei para Ibitirama e arrendei a chácara do Carlos Salto, onde hoje está a Fábrica Cepêra; nesta época, eu plantava roça. Em seguida, trabalhei durante 19 anos na Prefeitura”.

A estação de trem – “Conheci pouco da estação, pois em 1956 já não era como antes, mas lembro-me, que havia muita gente que ia até estação, tanto para embarcar como para ver o trem passar. Havia trem de passageiros e trem de carga, ia carregado de mamona, milho e tomate até Rincão. Além disso, havia quatro horários para viagem dos passageiros, às 9h, 12h, 15h e 19h; uma das linhas tinha destino a Graminha, Jaboticabal, Rincão, Barrinha, e outra para Monte Alto, Vista Alegre e Bebedouro”.

As Festas em Ibitirama – Seo Narcizo contou a este colunista que as quermesses sempre foram boas no Povoado, com o comando de vários festeiros, entre eles Durigan, João Pires, Carlos Salto e outros… No entanto, com o passar dos anos, teve significativa melhora. “O barracão foi reformado, ampliado e estruturado para acolher os devotos da padroeira”. Esta melhora não foi só na festa, pois hoje Ibitirama conta com uma grande indústria, a Cepêra, e também com um grande Laticínio, o Beladucce, os quais geram empregos e renda. O Povoado vem se tornando um reduto turístico, muitas pessoas de toda região vem para cá nos finais de semana e além de andarem pela serra movimentam o comércio. A bocha, que está sob minha responsabilidade também é um local de encontro não só das pessoas que aqui residem como dos visitantes”.

O conto do cravo – “Naquela época, era comum que os rapazes, quando queriam dançar com determinada moças, entregam-lhes um cravo, e se elas aceitassem, a dança estava concedida. No final, elas devolviam o cravo ao rapaz”.

O comprador Osvaldo Padula – “O comerciante Osvaldo Padula tinha um escritório aqui em Ibitirama; ele comprava todas as safras, inclusive algodão, e distribuía na máquina de arroz do Candelouro, em Monte Alto. Eu vendi muitas coisas para ele: algodão, milho, amendoim, arroz. Ele sempre pagou corretamente, era um homem digno e trabalhador”.

O cemitério de Ibitirama – “Quando eu trabalhei na prefeitura, fui zelador do cemitério. Nenhum falecido de Monte Ato foi enterrado, apenas as pessoas do Povoado mesmo. Isto até há poucos anos, pois ultimamente todos vão para o cemitério de Monte Alto. Aqui também não havia velório e as pessoas eram veladas em suas próprias casas. A prefeita Silvia Meira construiu cinco carneiras que estão prontas, mas ninguém ainda foi enterrado nelas.”
Narcizo relatou a história de uma senhora que faleceu nos anos 70, aos 106 anos de idade. “Lembro-me do enterro da ‘Vó Ritinha’, uma benzedeira que morava aqui. Todas as vezes que eu tinha mau jeito no pescoço, ela, com sua mão e oração fazia a dor passar, além de benzer de mau olhado, inveja e outros males”, contou.

A mulher e o professor – “Naquela época, minha namorada, que hoje é minha esposa, ia na escola no Macacão e o professor dava atenção especial para ela. Eu achei essa história estranha e fui sondar, e quando cheguei na escola, ele estava na carteira, ao lado dela. Fiquei nervoso e fui falar com o pai dela, que a tirou da escola (risos)”.

Saudade do Bondinho – Seo Narcizo contou a este colunista, que o bondinho ia de Ibitirama a Vista Alegre, passando por Monte Alto e voltava pela mesma rota. “No fim da tarde, muitos rapazes, entre eles eu, ficavam esperando as moças passarem para acenar para elas, era um momento de flerte… Sinto muita saudade deste tempo”.

A trilha dos motoqueiros – “Há uns sete anos, um grupo com 15 motociclistas começou a fazer trilha aos sábados e domingos. Hoje, esse número já chegou a 200 por fim de semana e os motoqueiros da região fazem parada aqui na venda, são todos meus amigos, pessoas de paz, que preservam a natureza. Eles me chamam de ‘prefeito do povoado’ (risos)”.

Mensagem – “Falo aos jovens que tenham um bom estudo e sigam o caminho do bem, sem pensar em drogas e desrespeito”.

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