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Jorge da Mahfuz: o avanço no comércio de Monte Alto

 

 

Jorge Luis Tavante, nasceu no dia 1º de maio de 1954, em Catanduva-SP. Filho de Giorgino Tavante e Olga Hunk Tavante, tem uma irmã, Ana Lúcia. Casou-se com Nair Rodrigues, em 1982. 

A INFÂNCIA e o PRIMEIRO EMPREGO – “Estudei na Escola Dom Lafaiete, depois na Escola Paula de Lima Correia. Fiz o colegial no Colégio Comercial de Catanduva, onde me formei em Contabilista. “Ainda com 12 anos de idade fui trabalhar em uma loja,  uma espécie de armarinho; vendia de tudo, zíper, botões, etc. Continuei trabalhando no comércio em vários segmentos até atingir a maior idade. Um dia, fui convidado para trabalhar na loja de móveis, do irmãos Mahfuz”. 

MONTE ALTO: O COMEÇO – Perguntado por este jornalista como chegou à cidade, ele respondeu: “Certo dia, fui chamado no escritório pelo Sr. João Mahfuz, e então ele me disse: ‘Olha Jorge, você é um excelente funcionário, e eu tenho duas cidades que vou inaugurar lojas da rede: uma em Olímpia, perto de Rio Preto, e a outra em Monte Alto’. Eu confesso a você Alencar, que eu não conhecia Monte Alto, mas naquele momento histórico de minha vida, alguma coisa tocou o meu coração, e meu íntimo falou: Vai para Monte Alto! Cheguei em casa, conversei com minha esposa Nair, feliz, pois afinal de contas estava sendo promovido a gerente, e disse para ela: ‘Escolhi essa cidade’, e ela me disse: ‘Então, vamos para lá’”.

1986 – NOVOS TEMPOS – “Cheguei aqui em Monte Alto para abrir a primeira loja de rede na cidade no segmento de eletrodomésticos, ali em frente a Praça, num espaço relativamente pequeno. Mas, quando eu vi, fiquei muito empolgado e emocionado, era meu grande momento profissional, assumir a gerência de uma loja da rede. Lembro-me que a cidade deveria ter aproximadamente 25 mil habitantes. As ruas ainda eram de paralelepípedos, mas a empresa acreditava no futuro da cidade”.

PIONEIRISMO E MUDANÇA – “Quando nós chegamos aqui, já existiam importantes lojas no segmento de eletrodomésticos de famílias da cidade. As pessoas tinham como hábito comprar nelas. Eram pessoas conhecidas e muitas vezes marcavam as compras em uma caderneta, afinal todo mundo conhecia todo mundo. Aí, chegamos nós, a primeira loja de rede da cidade neste segmento e começamos a implantar um sistema totalmente diferente, com fichas cadastrais, onde eram marcados todos os dados do cliente. A princípio, foi difícil colocar esta mudança na cabeça dos montealtenses. Eles ficavam um pouco desconfiados, depois fomos fazendo um trabalho de formiguinha, de conscientização, explicando que era emitido um carnê de pagamento, de cada compra, e aos poucos eles foram entendendo e se habituando à nossa maneira diferenciada de trabalhar. Foram surgindo outras lojas de rede em nosso ramo, e com o decorrer do tempo, a cidade foi crescendo, tornando-se o polo comercial que é hoje”.

NOVO PONTO – “Com o passar do tempo, a loja cresceu muito e o local ficou pequeno. Foi então que chamei o seu João Mahfuz e propus que ele adquirisse um local maior. A empresa comprou este local que estamos até hoje. Aqui, antigamente, era a Loja de tecidos Casa Branca, de propriedade do ‘Leão’”.

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL – “Assim que cheguei a Monte Alto e comecei com a loja, recebi um convite do Ivo Barbosa, que era o presidente da Associação Comercial e Industrial de Monte Alto, na época, para fazer parte da Associação. Lembro-me que naquele tempo, a ACIMA tinha apenas uma máquina de escrever, duas mesas, um fichário e uma funcionária. Foram muitos anos de luta, passei por vários presidentes e companheiros de diretoria, todos foram bons e competentes, porém, quero destacar o trabalho do Thiago da Ótica, que deu um grande avanço na entidade, inclusive, adquirindo sua sede própria. Quero registrar o avanço da atual administração, que tem à frente o Marcão da Hobby Mania. que já conseguiu comprar um recinto para a construção de um Centro de Eventos, o qual será modelo na região. A nossa Associação, hoje com todo o respeito pelas demais, é um espelho. Temos uma diretoria que trabalha 24 horas pela entidade. Quando eu comecei, há quase 30 anos, as pessoas tinham um pé atrás com a ACIMA. Hoje, todos sentem muito orgulho por esta importante entidade que representa o Comércio e a Indústria de Monte Alto”.

UMA MISSÃO, UM MILAGRE – “Acho que tenho uma explicação para minha vinda a Monte Alto. Ocorreu um fato no passado, que preciso registrar, pois marcou para sempre a minha vida. O local onde deu início a loja, antes era um banco. Na prédio existia um cofre, localizado entre lajes, ou seja, a laje normal do prédio e outra que existia para esconder o cofre. Aí, nós fomos reformar o prédio e tiramos as paredes, porém, não sabíamos da existência desta laje que estava debaixo de outra. Certo dia, por volta das 9 horas, eu cheguei de Catanduva lá e tinha aproximadamente 30 pessoas reunidas, me esperando, mas eu tinha agendado uma reunião com uma analista de sistema, a Eliete. Como eu já estava atrasado para a reunião com ela, pedi que todos fossem embora, e ao sairmos, já estávamos na porta da loja, quando a laje despencou. Era pra ter morrido todos, infelizmente, ainda morreu um pedreiro. Senti naquele momento que Deus me usou para salvar mais de 30 vidas. 

Mensagem – “Jovens façam tudo com amor e honestidade. É meu, é meu; não é meu, não é meu. Procurem sempre basearem-se nos exemplos dos melhores, nunca nos piores. Longe de amizades ruins, e drogas, nem pensar. O sucesso é uma questão só de tempo, dedicação e trabalho”. 

 

 

 

 

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