João Garbim, nascido em 24/06/1943, no Bairro Rural do Barreiro, em Monte Alto. Filho de Germano Garbim e Joana Borgato Garbim, vem de uma família de onze irmãos: Francisco, Aparício, Sandro, José, Jaci, Durvalina, Leonilda, Nair, Mariquinha, Ives, Jandira.
Em 26 de julho de 1970 casou-se com Florinda Giardini, que conheceu enquanto trabalhava no Herculano Borges; o casal tem os filhos Renata, Luciane e João e o neto Guilherme.
A infância – Estudou na Escola do Barreiro e sua primeira professora foi Neide Sartorreto, concluiu o 4º ano na Escola Dr. Raul, tendo como professora Madalena Rovério.
Depois de concluir o 4º ano foi trabalhar na lavoura e deu início ao estudo de música, no instrumento Piston e tocou na Banda de Mário Venéri.
“Nas alvoradas das festas saíamos com os instrumentos, íamos até a Cica e de lá descíamos a Rua do Centro até a Praça São Benedito e depois retornávamos. Na época, a população ficava esperando a Banda passar.
João conta que na época, tocavam também no Coreto da Praça e faziam parte da banda os músicos Zézinho Teixeira, o Tiãozinho, a Gerônima, o Arturzinho, entre outros.
A vida profissional – Iniciou-se aos 13 anos, no sítio. Minha mãe queria que eu estudasse, porém, eu queria trabalhar. Foi então que comecei a trabalhar na roça, com trator. Porém, naquela época eu era pequeno e tinha dificuldade de alcançar os pedais da máquina, mas mesmo assim, enfrentei o desafio. Meu finado irmão ‘Zé’ me levava no local de trabalho que ficava aproximadamente um quilômetro da minha casa”.
“Continuei na roça por muitos anos, sempre trabalhando com trator, e quando eu tinha 15 ou 16 anos lotearam a fazenda do Correia Mello, na Tabarana, onde também trabalhei”.
“Com o passar dos anos começamos a arrumar tratorista e com 18 para 19 anos, a minha mãe comprou um escritório, fiz um curso por correspondência e iniciei meu trabalho no escritório de contabilidade, que ficava ao lado do Bradesco”.
“Na mesma época, fazia as audiências na Delegacia junto com o Delegado, o Dr. José Francisco. Fazíamos serviços como Licenças Especiais, Certificados, entre outros que eram produzidos na nossa empresa que tinha o nome de Organização Brasil”.
“Em seguida, fui convidado para trabalhar no Banco Bandeirantes e lá permaneci por quatro anos, quando fui transferido para São Bernardo e eu não quis ir. Nessa época, eu já tinha carteira de motorista e meus irmãos tinham um barracão que comercializava frutas, compravam mamão e levavam para São Paulo. Assim, voltei a trabalhar na zona rural”.
O Lar do Pequeno Montealtense – “Naquela época éramos um grupo voluntários, que fazíamos churrasco em festas: eu, o Luiz Colla, o Chico Barrena, o finado Zelão, o seu Geraldo Vital, Osvaldo Bertati, Inocêncio Bertati, Zé Marcheto; o dinheiro que conseguíamos com a porcentagem do trabalho ia todo para a entidade, pois na creche os recursos eram escassos.
A política – “Eu não queria fazer parte da política, pois meu irmão havia sido candidato por duas vezes e não ganhou. Certo dia, o Elias me convidou e eu dizia que não queria, porém, ele disse: Você vai ser meu candidato.
Na eleição de 76 ganhei e fui vereador por três mandatos.
Saudades – “Das festas, todas eram muito boas. A do Barreiro, começamos a fazer churrasco com o apoio do Elias e do Zezé, que era o vice na época”.
Na infância, diz lembrar-se do festeiro Tibério Soreano, a quem pertencia a propriedade onde hoje onde existe a Igreja de São Pedro. “Naquele tempo não havia iluminação e então o sr. Tibério a produzia através de geradores que tinha, em cima de uma caminhonete. Usava duas, três lâmpadas para clarear. O Antonio Salvador cuidava da contabilidade e o Angelim Vital era o Leiloeiro. Depois de um tempo o Angelim quis parar e aí o leiloeiro passou a ser o Landinho Morgado.
O povo comparecia maciçamente na Festa de São Pedro. A Banda Santa Cecília, de Fernando Prestes, tocava no dia da Procissão, os demais dias não tinha música era somente festa, somente Leilão. O Padre da época era o João Lau”.
Os bailes – “Na zona rural, no Barreiro, no Rio Claro, os bailes eram realizados somente com a sanfona, eu e o meu amigo Alécio Pagioli, tocávamos um pouco cada um, e ia até três, quatro horas da manhã, à luz de lampião. Ali na venda do Barreiro, foi feita uma barraca de sapé e, quando não tinha nenhum evento na região, era ali que realizávamos os bailes. Todos iam acompanhados dos pais, irmãos, bons tempos aqueles…”
Sindicato Rural Patronal – “Fui vice-presidente por várias gestões, ao lado do Dr. Júlio Raposo do Amaral. Quando o Sindicato estava começando, as pessoas não tinham certeza se daria certo. Nós íamos convidando e explicando o trabalho e assim, eles foram se envolvendo e sentindo a necessidade das orientações oferecidas pelo Sindicato”.
Maluf visita casa de João Garbim – “Na época do Canco Cítrico, o Maluf veio fazer uma visita no município. Acompanhado de autoridades, o governador foi até minha casa e depois de cumprimentar a todos, viu o piano de minha filha, sentou-se e tocou várias músicas.”
Mensagem
“Estude, pois este é o caminho mais correto de chegar onde se quer, seja um médico, um político, um advogado, até um presidente da república; estude”.