No coração mora a saudade
e de tantas coisas vividas
não existe mais espaço.
Saudade de coisas e de gente.
Saudade de lugares,
de sons, e de músicas.
Saudade de um tempo
lá de longe,
que é quase sombra.
A um sinal qualquer
libertam-se os retratos
da memória.
… É aquela estrada
que fazia uma curva
suave,
aquele dia diferente,
o copo de leite
espumante.
É a flor de um vermelho vivo,
sangue…
Risos de crianças,
abraços de avó,
brincadeiras de primos.
… É uma tarde triste,
um domingo alegre.
São os olhos de amor
e os beijos de menta.
Toda a vida
num caminho de azáleas.
Uma partida, um adeus.
Uma saudade.
E a esperança de Abril…