Peço licença ao leitores acostumados com o gênero desta
coluna. Acredito que a poesia é uma das formas de manifestação
e reflexão do ser. Esta semana, que comemoramos nossa independência, apresento-lhes uma poema reflexivo para que possamos questionar os rumos que o nosso gigante pela
própria natureza tem tomando ao longo do tempo.
Se o grito foi de independência ou morte,
Por que ainda há muitas mortes na nossa independência?
Se fomos considerados brasileiros livres,
Por que não há liberdade para todos os brasileiros?
Se somos gigantes pela própria natureza,
Por que a nossa natureza nos impede de ser gigantes?
Se a nossa pátria é tão amada e idolatrada,
Por que não a salvamos e idolatramos com tanto amor?
Se o nosso berço é tão esplêndido,
Por que falta igualdade dos filhos deste solo?
Se os nossos risonhos campos têm mais flores,
Porque o pulmão do mundo respira sem sorrir?
Se os nossos bosques têm mais vidas,
Por que em nossos seios não há mais tantos amores?
A liberdade não está raiando para os filhos desta pátria
No seu imenso horizonte.
Será que nossos peitos e braços
São realmente muralhas do Brasil?
Se o teu garbo é tão varonil
Por que não há tanta garbosidade
Ó, brasileiro?
Honremos o grito da independência,
Brava gente brasileira
Ou fazemos jus a uma pátria livre
Ou castigaremos o nosso Brasil.
