Um pai passa a educar o seu filho quando ele aceita a paternidade. Aceita a encarar os desafios de colocar uma vida neste mundo. O homem só se torna homem quando ele se torna pai. Ele sabe das responsabilidades, da importância de estar ao lado da esposa e do amor que os une para alimentar a nova vida que surge. A educação paterna vai muito além da figura paradoxal do homem. Filho se educa antes mesmo de vir ao mundo. O bebê deve sentir que está sendo amado ainda dentro do ventre materno. Deve sentir a felicidade do casal que o espera ansiosamente. O bebê tem que sentir o amor que os pais sentem entre si e o amor que sentem por ele. É do ventre que se educa. Nada vive ou sobrevive se não tiver amor. Sem ele, nada flui.
O amor paterno educa a partir do momento em que as lágrimas de felicidade escorrem ao saber da notícia dada pela mãe. Educa nos momentos em que o homem deixa sua vida social para viver as 38 semanas em função de sua esposa. O amor paterno educa nas noites mal dormidas ao lado da mulher, nas idas e vindas ao médico, na preocupação com a alimentação e principalmente, com a conspiração do mundo. Pois é, ele conspira. E o peso de toda negatividade pesa sobre a maternidade. É fato.
A educação paterna é fundamental. Ela é espelho para os filhos. Mas para isso acontecer é preciso querer ser pai. Muitos são chamados como tal, todavia poucos agem como deviam. E o espaço que fica na falta desta educação de pai cria feridas incuráveis na vida de um filho. É por isso que, desde o ventre, o rebento precisa se sentir amado e desejado. Ele precisa saber que há uma soma de amores esperando-o aqui fora, independente de quem fará a figura paterna. E o mais lindo de tudo isso é saber que existe este amor não só de pai e mãe, mas sim de duas mamães e de dois papais que nutrem do mesmo amor. É isso. É amor e mais nada.
É sobre amar e desejar uma vida para chamar de nossa. É sobre colocar uma nova vida neste mundo e amá-lo e educá-lo incondicionalmente. É sobre aceitar as responsabilidades e as dificuldade que se tem ao educar. É sobre ser paciente. É sobre o respeito pela vida que gerará uma nova vida. É sobre dar as mãos e enfrentar os desafios da maternidade juntos. É sobre não deixar que os obstáculos enfraqueçam o amor entre o casal. É sobre ter estrutura forte. Na matemática do amor, dois mais dois sempre será três. E o professor desta história é um cara chamado Deus.