Hoje é bastante comum encontrarmos o termo Educação Parental. Vários profissionais se intitulam assim e as redes sociais também exibem muitos perfis com esta descrição.
Mas, o que seria Educação Parental? Este termo se refere justamente a uma área de educação para os pais, ou seja, uma forma de orientar os genitores – de forma profissional e responsável – a ter mais compreensão do desenvolvimento e funcionamento dos seus filhos e aprender ferramentas e condutas para seguirem com mais segurança e assertividade na criação destes.
Crianças, sejam menores ou maiores, são reflexos do seu meio e compartilham de pensamentos, sentimentos e comportamentos que observam nos adultos que estão à sua volta. Afora isto, crianças também tem comportamentos que são frutos de heranças genéticas, por exemplo, crianças com pais com TDAH tem mais chance de também desenvolver o transtorno.
E, ainda, crianças também podem apresentar traços de personalidade – porque esta só vai mesmo se formar no final da adolescência – que são características próprias como ser mais tímida ou mais extrovertida, mais ansiosa ou mais tranquila, gostar mais de determinadas atividades do que de outras.
Entender o básico do desenvolvimento infantil – o que é esperado e o que está fora do esperado – aprender a observar (de verdade) o seu filho e conhecer ferramentas para ajudá-lo nas diversas fases pelas quais ele passa e vai passar, é de extrema importância
na educação parental.
Isto, por si só, não exclui uma boa avaliação da criança e mesmo um possível seguimento terapêutico, se for o caso. Porém, a educação parental deve caminhar junto ao processo.
Quando profissionais e pais falam a mesma língua e ajudam a criança a entender as situações que vive – seus pensamentos, sentimentos e ações – fases difíceis e conflituosas não deixarão de existir, porém, podem ser mais leves e menos sofridas ajudando a evitar ou amenizar, inclusive, o desenvolvimento de alguns transtornos comuns na infância e adolescência.
Em tempos de tanta tecnologia, informação e excessos, imagine a importância para nós, pais, entendermos o que acontece na cabeça dos nossos filhos e, ainda, saber qual ajuda oferecer e como lidar com as inevitáveis fases de conflitos, frustrações e dúvidas normais ao desenvolvimento humano?
A educação parental pode ser um processo à parte – orientando somente os pais – e pode também ser um processo conjunto ao atendimento terapêutico da criança/adolescente.
De uma forma ou de outra, este recurso pode e deve ser usado por qualquer pai e mãe que se sinta confuso, em dúvida ou mesmo perdido em meio à educação de seu filho e a melhor forma de ajuda-lo tanto dentro do desenvolvimento normal quanto em possíveis transtornos emocionais.
Precisando de ajuda, procure por um profissional experiente e responsável.
