Ele a conheceu há muito tempo atrás. Ela tem seu olhar meigo, simples e é sincera – ela se apaixona por ele. Ela é dona da humildade.
Namoraram por pouco tempo – e logo se casaram. Ele é bem mais novo que ela. Para o amor não tem idade. Ela veio de um outro relacionamento, e para o novo lar, traz cinco filhos: duas meninas moças, dois meninos adolescentes e um ainda criança. A nova casa é testemunha que tudo dará certo. Trabalho pra ele e trabalho pra ela. Todos os quatro filhos vão para a escola, e a mais velha, com quatorze anos, faz o serviço de casa.
Tudo vai muito bem. Outros filhos chegam, e são… mais cinco. A filha mais velha e com dezenove anos fala com a mãe que algo estranho está acontecendo. A mãe fica intrigada e pede que a filha lhe conte tudo.
Ela ficava em casa o dia todo e o inesperado esperado aconteceu. Padrasto e enteada estão se relacionando. Meses depois, a jovem adoece e o filho nasce. Parece normal?!? Aconteceu – ela é filha da esposa. E como?
Discussões, brigas, desajustes emocionais (pudera!!!), intranquilidade. Os irmãos menores nada entendem – de onde veio este bebê? Como explicar aos filhos? Só a mãe-avó está trabalhando. A casa onde moram é de tamanho pequeno: só dois quartos. Todos se ajeitam porque ela dá jeito pra tudo. Mas sua vida está complicada. Até quanto está situação?
O pai do bebê resolve sair da casa com a enteada – a mãe do seu filho. Ela fala tchau para a mãe que ainda lhe diz: filha, fique – onde você vai viver com seu filho, meu neto?
Mas que salada! Que confusão! Todos ali não sabem que lugar de parentesco ocupam na família. São enteados, cunhados, tios, primos, filhos, tias, tudo ao mesmo tempo. Salada de frutas muitas vezes têm menos ingredientes.
Hoje ela vive com quatro filhos biológicos do primeiro marido e mais cinco filhos do segundo casamento, também biológicos.
Ela não é mais aquela. Vive triste e trabalha muito para manter a família, principalmente ter o que comer. Ela é mãe e pai ao mesmo tempo.
O pai do bebê agora também com quatro filhos, completa ao todo nove filhos das duas esposas. Ela tem quatro netos (da filha com o seu segundo marido). Ele é marido e genro.
O caso é verdadeiro. E todos como vão? Como estão? Bem, levando a vida como Deus quer. Hoje o “pai de todos” trabalha. Que quebra-cabeça, não?
E com toda esta história, ela vai bem. É uma guerreira e só ela sabe quanto dói seu coração. E junto a tanta tristeza está o amor a Deus e a esperança por dias de felicidade.
Se pensar… a felicidade é de ninguém.
