Viver para ser lembrado e não para ser esquecido. Talvez este seja o objetivo de um mestre. Talvez! Isso porque muitos dos que ai estão não têm um propósito. Sabem seguir as cartilhas, mas não sabem do verdadeiro propósito em estar à frente de uma sala de aula. Exercer a docência vai muito além de professar o que devemos professar. Vai muito além do domínio do conteúdo e do saber controlar uma sala numerosa. A vida de um docente é cheia de desafio. Não é um diploma que te faz um professor. São as marcas que você deixa na vida dos seus alunos que te fazem ser um bom professor. E isto não deve ser algo forçado. A docência é algo natural que eclode em cada profissional que está regendo os seus alunos. Exige muito da sua conduta fora e dentro dela. Ser professor é vigiar os próprios passos, mediar comportamentos, falar com convicção e equilíbrio.
Podemos transformar o dia de um discente com uma palavra, um gesto, um olhar. O que dizemos e o que fazemos pode impactar diretamente na vida de um aluno para sempre. Ou construímos ou destruímos. Um professor não pode se apegar apenas ao domínio do conteúdo. Isto é básico. Saber o conteúdo é obrigação. Entretanto, não é somente isso que a educação quer. Não é somente isso que ela precisa. Se não souber lidar com as suas emoções e com as emoções alheias, a tendência é abandonar a embarcação. Nós temos um compromisso tão grande com o pilar deste país que não dá para não levar a sério. Ser professor é firmar compromisso e comprometimento consigo e com a pátria que habitas.
Isto não significa que a responsabilidade é toda nossa. Se a família não caminha ao lado, além do barco abandonado, ele afunda. E as consequências deste naufrágio são catastróficas para um país que tenta ascender há anos através da educação. Nós, os professores, somos o capitão. E se não soubermos velejar, aceleraremos este náufrago. Se a família não fizer a sua parte, não haverá nenhum salva-vidas para dar esperança a esta pátria querida.