A humanidade está fria e egocêntrica. As pessoas perderam a empatia pelo próximo. Só não perderam o amor ainda, porque ninguém vive sem ele. Não se olha e quase não se trata este próximo com respeito. As pessoas querem ser respeitadas, mas não sabem respeitar. Querem tomar a palavra e serem ouvidas, porém são impacientes quando estão no papel de receptor. O mundo tem se tornado individualista e abastado de interesses. As pessoas têm agido por interesse. Não sei se esta bolha utópica das redes sociais tem imbecilizado o comportamento humano ou se faz parte da natureza humana caminhar pelas beiras do precipício da ignorância e da estupidez. Os néscios estão espalhados por todas as partes. Eles se disseminam e isto é contagioso.
A humanidade tem se alimentado de “fast food”. Tem consumido leituras insignificantes que não saciam a intelectualidade. Toda comida rápida sustenta, mas não alimenta, porque não tem valor nutricional. Todo texto banal que lemos, engana o nosso intelecto. É por isso desta frieza, do parvo e do néscio. O estúpido quer se achar culto sem se alimentar do conhecimento. Defende suas posições com base naquilo que ele vê e vivencia em suas redes. O estúpido não pega num livro, não arruma a cama, mas quer mudar o mundo.
As consequências disso geram esta sociedade em que vivemos hoje: fria e egocêntrica vivendo numa pseudointelectualidade. São estes comportamentos que nos levem ao abismo social e moral. A frieza humana matará mais do que o próprio inverno. Poucos enxergam a alma, e todos querem a matéria. Perdeu-se a essência da espiritualidade, da fé, da harmonia e do bem-estar. Tudo isso porque somos diferentes em tudo. Nossas diferenças têm nos levado aos caos. É tudo que um inferno caloroso deseja.
É preciso se alimentar do conhecimento da vida, do homem, da história e da sociedade em que ele vive. Estudar a si mesmo é um dos primeiros caminhos para eliminar o parvo e o néscio que habita entre nós. Compartilhar o nosso conhecimento com o próximo é salvar a alma e um intelecto de um abismo infindo. Saciar-se dele é estar sempre satisfeito com o que foi ingerido. Os que pensam diferentes comem pepino e acham que arrotam peru.