Diários de Bicileta

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Sujeira, poeira e frio, são as palavras que definem os últimos dias. Manteiga na boca e lenço umedecido enfincado no nariz o tempo inteiro. A Princesa coitada, tá toda encardida, cheia de areia, fazendo vários tipos de barulho. Meu cabelo não tem mais jeito, já virou uma palha, que só melhora se eu raspar. A cada risada a boca estoura mais um pouco, e o nariz, já dá pra imaginar. 
O “nada” tem me presenteado com pensamentos surreais. Esse deserto tem alguma coisa que não da pra explicar, algo que me leva aos sentimentos mais profundos, daqueles que moram na essência da vida. Sem dúvidas tem sido a fase de maior reflexão e auto-conhecimento da viagem. Um amor muito grande por tudo, pela água, pela comida, pela minha família, pelos meus grandes amigos, cada dia mais. 
Viver uma experiência no deserto é algo muito enriquecedor. Os quatro dias que passei pedalando pelo trecho que liga as cidades de Chañaral a Antofagasta, foi, sem dúvidas, o auge desses 7 meses. Coloco aqui, entre aspas, o mini-diário que escrevi assim que cheguei em Antofagasta, quebrado, sujo e feliz. 
 “Tô destruído. Sem dúvidas, foi o maior desafio físico e psicológico da minha vida até agora. Aquela história de medinho de dormir sozinho no deserto? Isso ai nem existiu, nem lembrei desse “problema”. O que me pegou foi o desgaste por pedalar 435km em 4 dias, em condições extremas, de muita subida, vento contra, calor de dia, frio de noite, ar seco, nariz sujo, cabelo duro, boca rachada, dedo congelado, bunda fritando e perna latejando. E o melhor de tudo, sem água pra se lavar.
Primeiro dia, acordei as 5h da manhã. Foram 122km de estrada, sendo 60 de terra e 62 de asfalto. Cheguei bem, dormi num lugar maravilhoso, eu e um mundo de estrelas, que chegavam a iluminar a noite. Me senti em casa, toda aquela ansiedade de antes foi em vão, não senti nenhum tipo de medo, pelo contrário, senti a presença de Deus como nunca havia sentido e recebi toda a energia das orações que algumas pessoas me prometeram. Durante a noite, contemplação a natureza e agradecimento ao infinito… Comi meu strogonoff que já estava pronto num “top-where?”, lavei a louça com a língua e dormi que nem um anjo. 
No próximo diário retratarei como foram as outras noites no deserto. Deixarei aqui um clima de suspense no ar..rsrs..Obrigado por lerem minhas aventuras, espero que estejam gostando!!
Um beijo  gigantesco no coração de cada um!!
Beto Ambrósio

 

 

 

 

 

 

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