Como vou ser triste em 2024 se….

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Quem acompanha redes sociais já deve ter se deparado com a trend do momento, em que anônimos e famosos elencam uma série de coisas boas que aconteceram em suas vidas durante o ano e que justificaria não ter, ou não poder, sentir tristeza.

Como muitas coisas que vivemos nos tempos atuais, parece que há uma necessidade de negação do óbvio: a vida não é perfeita. Todos os sentimentos são válidos e é possível, sim, sentir tristeza e ser feliz, também, porque um sentimento não exclui o outro.

Ambos fazem parte da vida. Ambos nos ensinam. Ambos são válidos e normais. Tudo bem eu me sentir triste em algumas situações, algumas vezes. Tudo bem eu não estar o tempo todo alegre e feliz.

Esta necessidade de mostrar que tudo está bem e associar isto à falta de sentimentos considerados ruins – como a tristeza – mais nos atrapalha do que nos ajuda. Então, quem não viajou, quem não frequentou festas nem fez nada de especial não foi feliz? E quem sentiu tristeza, teve perdas e frustrações, teve um ano menos válido do que o vizinho?

Enquanto não aceitarmos a dualidade da vida e nos permitirmos nos sentir tristes, entediados, chateados, frustrados e aceitar tudo isto como parte da caminhada, vamos continuar insatisfeitos porque nunca iremos encontrar o estado de felicidade completa. Ela não existe. Não o tempo todo.

Não existe no sentido de vir desacompanhada de qualquer outra emoção. Como se só fosse possível estar bem e feliz quando tudo dá absolutamente certo. E tudo dar absolutamente certo, ou não, é só o resultado final. E não vivemos os resultados finais, vivemos o processo.

E o processo é cheio de altos e baixos, idas e vindas, dias bons e dias ruins, escolhas, prioridades, acertos e erros. Este processo é a vida.

Quando não olhamos para a parte dita ruim, quando não reconhecemos a instabilidade – e a normalidade – do processo, corremos o risco de achar que só a nossa vida não é boa. Que somos nós que nunca damos certo. Que só para nós a coisa não anda. Quem é que nunca pensou assim?

Pois é. Parece meio óbvio falar sobre isto, sobre como tudo na vida tem dois lados, diversas fases, emoções e sentimentos diferentes. Mas, precisamos falar do óbvio porque tem muitas crianças, adolescentes e jovens adultos por aí entendendo errado tudo isto.

Por isto, valide suas emoções e a dos seus filhos. Aceite o que realmente dá errado e o que sentimentos quanto a isto. Mostre para os seus que tudo bem não estar bem o tempo todo e ter vivido coisas diferentes dos amigos ou de outras pessoas que estão ali, principalmente, postando em rede social.

Viva para você, da forma que te faz sentido e com as pessoas que realmente importam.

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