Centenária, Inigualável, Persistente

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Centenária! Inigualável! Persistente!
Vó Benedita é a homenageada de hoje. Desde muito nova, adolescente ainda, enfrentava atividades, para nós, inacreditáveis.
Obedecendo a seus pais, se embrenhava no matagal e para a roça se dirigia sem medo e sem documento. Ao lado de homens e mulheres que não enjeitavam esse trabalho, ela desbravava na lavoura com coragem e persistência. Ali se enturmava e, de pés no chão e chapéu na cabeça, carregando nos ombros a enxada, se atirava de corpo e alma.
Joaquim, seu pai, homem foragido da senzala, trabalhava com a família em troca da comida.
Benedita Maria da Conceição casou-se muito cedo. E ali começava uma nova caminhada. Uma explicação: “ao nascer, por morar em lugar distante, demorou a ser registrada. E mais ou menos dez anos depois, vão ao cartório e ali a registraram como se houvesse nascido naquele dia – 18/02/1921”.
Assim foram anos – filhos nascendo, filhos crescendo e pouco tempo Vó Benedita tinha para amá-los, e bem menos ainda, para lhes fazer companhia.
Histórias foram contadas por pessoas amigas e conhecidas da família. Elas muito diziam sobre aquelas proezas onde Vó Benedita, a mais trabalhadeira das mulheres dali, surpreendia a todos com seu modo de ser.
E contavam um caso interessante de saber:
– Ali, no cruzamento da rua Nhonhô com a rua Cupertino Boto, havia um coqueiro altivo e de fino tronco, como palco de sofrimento. E desastrosas surras doídas Benedita assistia em companhia do pai; negros apanhavam sem motivo justo e chicotadas lhes eram dadas com toda força pelo capataz das fazendas próximas. Ali na casa, espécie de senzala onde os negros viviam, era assim: escreveu não leu, pau comeu. E se dirigiam ao castigo, até sem motivo.
Joaquim, forte sim! Mas para que Benedita assistia tão infames cenas?
O capataz, homem de confiança do coronel era grosseiro, perverso, desalmado. E vó Benedita, ali.
Quanta dor, quanto sofrimento! Vó Benedita não apanhou, só assistia às maquiavélicas situações. A cada chicotada tremia pela dor do outro ou outra.
E a Vó Benedita que colocou no mundo cinco filhos e acolheu mais três, adotivos mas de coração, é motivo de alegria, motivo desta justa homenagem.
Com 24 netos, 16 bisnetos e 15 tataranetos, ela está aí para nosso orgulho. A filha Nilda e o genro Wagner fazem lindamente companhia a ela que, com 107 anos (97 + 10) que fez recentemente, ainda terá anos de vida com sua família. Os netos Alexandre e Natiele a querem muito bem. O filho Domingos ainda lhe pede a bênção. Todos cuidam dela com amor, respeito, paciência, carinho e afagos.
E seus olhos parecem dizer: minha vida é só felicidade! Vó Benedita frequenta o Centro Dia do Idoso de Monte Alto e está muito contente – como também sua família.
Saudamos e agradecemos a todos do Centro Dia e também ao Sr. Emílio Pierre que transporta os idosos com carinho.
Parabéns, Vó Benedita, as famílias Salvaterra e Grecco têm orgulho da senhora.
O jornal O Imparcial se sente honrado em poder noticiar em primeira mão estas informações tão preciosas que fazem parte da história de nossa querida Monte Alto.
É vida bem vivida! Filhos, genro e todos a parabenizam.
Abraços de todos nós! Que Deus te conserve com muita saúde.

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