CARCEREIRO

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Já vi uma história parecida e ao vivo: a vida do carcereiro no seu dia a dia de trabalho – na cadeia, na delegacia de polícia, na cada de detenção. A Globo transmite “CARCEREIROS” em horário noturno. Não assisto, mas alguns flashes durante o expediente da TV, assisti e me emocionei ao lembrar daquela vida real que Sr. Eduardo passou ali naquele ambiente. E não foram anos, foram muitos anos na Delegacia de Polícia. Naquele época, detentos ficavam nesta cadeira de Monte Alto.
Com presos dos dois sexos, o Carcereiro Eduardo passou momentos difíceis. Difíceis na resolução, no solucionar problemas – como também viveu horas de emoção, piedade, sofrimento, detalhes, verdades e mentiras (ele ouvia de tudo). E quantos outros motivos. Brigas, discursões nas celas, palavras de ódio, rancor, medo e desespero (de arrepiar).
E a cada caso uma história. E não tinha amigo ali (outro carcereiro), ajudante nenhum – carcereiro, só ele. Mão estendida? Somente de algum policial mais próximo. A cadeia de Monte Alto, de tamanho pequeno e compatível com a cidade, mas muitos presos, tinha policiais destemidos, delegados sábios e valorosos, sargentos dedicados, escrivães eficientes, funcionários sérios e responsáveis. Carcereiro, só um. Eram todos por um e Deus por todos.
Em sua carreira de 35 anos, Sr. Eduardo só esteve em três lugares, em três cadeias, de cidades diferentes no tamanho, no ambiente e na região. De Monte Alto para São Paulo, após para Barretos e de volta a Monte Alto, onde se aposentou com orgulho pelo seu digno trabalho.
Castigos? Nunca teve. Represálias, também não. Mas seu castigo foi, sim, em forma de saudade – saudade da família, da esposa, do filho e nora, dos netos. Para São Paulo, a distância era maior e lá, permaneceu 13 anos. Pela sua competência, Sr. Eduardo foi para São Paulo tomando o lugar de outro carcereiro que havia falecido em um acidente de trânsito na estrada para Santos.
Em Barretos, permaneceu por cinco anos e visitava a família uma vez por mês.
Sem castigo, sem problemas de saúde, trabalhava muito bem como mandam as normas da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (ele era concursado). Em Barretos e na Capital com cadeias imensas, o trabalho era dobrado – mas havia outros carcereiros.
E o tempo passava como Deus queria. Após seu trabalho incessante, volta a Monte Alto, e aqui exerceu a profissão por mais tantos anos.
Na cadeia, jovens e adultos, homens e mulheres, tinham Sr. Eduardo como amigo, conselheiro, “pai”, tio (conforme a situação) e finalmente “carcereiro”. Quantas pessoas vinham agradecê-lo pelos favores e gentilezas como ele tratava os presos. Fizeram o mal, mas eram seres humanos. E quem conheceu este Carcereiro, pode testemunhar estas verdades. Presos comportados… presos indisciplinados… viviam cada um no seu quadrado.
Todos da Delegacia tinham seu trabalho e agradeciam pelo dia que passaram. Hoje, ótimas pessoas trabalham ali.
Não que atualmente não sejam, mas os policiais eram mais valorizados, eram pessoas especiais que faziam a segurança das pessoas. Eram respeitos, não discriminados, uma espécie de autoridade entre todos. E em qualquer situação lá estavam eles. Eles salvavam vidas e às vezes esqueciam deles mesmos.
Educados, ordeiros, faziam seu trabalho como dever, como obrigação e com amor. Combatiam a violência com garra. Para o policial todo dia é dia de trabalho.
A vocês, policiais, e a todos da Delegacia de Polícia, no exercício da profissão ou não, honra e glória pelo exercício de patriotismo.
Obrigada Sr. Eduardo Grecco! Parabéns policiais de nossa Monte Alto! Todo dia é seu dia! Nosso respeito a todos! Vocês fazem parte de nossa Cidade e de nossa História.
Parabéns! Minha homenagem sincera a todos vocês!
Parabéns Monte Alto!

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