Às mulheres

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No meu livro “O colar de Ignis”, uma trilogia, eu abordo a força da mulher, a sua coragem e destreza em liderar o povo. Ao longo dos anos, sempre li e assisti histórias de príncipes que salvavam a princesa e colocavam a figura feminina dentro de uma fragilidade fictícia. Claro, fictícia. Eu cresci no meio de mulheres empoderadas que lutaram bravamente para dar uma boa condição de vida aos filhos. Lembro-me de quando a minha saudosa mãe me falava dos comentários que chegavam até ela “os filhos da Lena vai tudo virar bandido”. É o que se ouve da sociedade quando se cria filhos sozinhos. Mas nada houve. Às vezes, assim como todo adolescente, temos momentos de rebeldia. Desde a minha conclusão do ensino médio, eu sempre tive a convicção de que minha mãe me colocou neste louco mundo para dar orgulho. Passei a vida toda assim e assim ela se foi ao reino dos céus com o sentimento que eu sempre cultivei. Eu precisava retribuir o seu amor, a sua força e honrar o suor do seu trabalho.

Minhas referências de luta, de ser um provedor, de amor e conduta sempre foram as mulheres da minha família. Principalmente a minha mãe. Não há nada que eu faça sem pensar no que ela faria em determinada situação. Até mesmo quando penso em desistir, lembro-me dela caminhando pelo salão com as pernas enfaixadas, devido às úlceras que ela tinha. A dor era ocultada por um sorriso. Minha mãe não demonstrava fraqueza, porém eu a ouvia do seu quarto o choro de dor e, ao mesmo tempo, agradecendo a Deus por mais um dia de trabalho.

Eu louvo as mulheres: as fortes, as independentes e as que suportam o peso do mundo que as critica. Passam por tantas decepções, mas seguem firmes e fortes nos seus propósitos, porque sabem da importância de seguir em frente. Nunca enxerguei fragilidade, pois nunca tive a figura de mulheres fracas no meu convívio familiar. Meu livro nasceu de um sonho: uma jovem princesa montada num cavalo com asas de fogo. A figura do empoderamento feminino me fascina, porque me remete às mulheres que me criaram: bisavó, vó e mãe. Figuras mitológicas com poderes que somente elas podem possuir: amor, resiliência e destreza. Seus dias poderiam ser todos os dias. Deveriam ser louvadas pelo tamanho do peso que carregam nesta breve vida. Na verdade, é muito peso para pouca vida. Eu poderia continuar escrevendo em outras laudas, porque apenas uma não é o suficiente. Fica aqui o meu respeito a todas as mulheres guerreiras. Em especial, a minha Fernanda.

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