Ana, a vencedora!

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– Ela se chamará Ana. Assim disse a “parteira” à mãe quando a mesma nasceu. Linda e aparentando saúde!
Mas o aconchego nos braços da mãe durou pouco. A mãe doa o bebê para a primeira pessoa que vê.
D. Maria José, dona de um bar (uma porta só) recebe Ana como sua fila e com carinho a leva para sua casa. Ela já tem dois meninos: um de seis e outro de quatro anos. Muito pobre mas honesta, criará Ana com amor.
Com oito anos de casada, D. Maria José perde o marido vítima de uma emboscada. A vida deles continua. Aos dezesseis anos, Ricardo, o mais velho, é assassinado. Um ano depois, Manoel morre afogado no rio que passa ali nos fundos da tapera onde moram. De chão, na pura areia, sem portas (só cortinas) e telhado de folhas de palmeira, é o lugar onde agora moram mãe e filha adotiva. Quanta tragédia!
Ana, neste tempo todo, aprende com a mãe que a vida não é um mar de rosas e nem um castelo de areia – aprende que a comida não é tudo e água só do córrego próximo. Comer cactos e broto de palmeira, comer restos de comida, só os que encontram nas latas de lixo do pequeno bairro.
A mãe, catadora de material reciclado ainda vivia cantarolando. Ana, sempre silenciosa, recolhia os pássaros mortos ali por perto e os assava no foguinho feito com dois tijolos. Vai para a Escola e já com oito anos aprende a escrever seu nome de três letras.
Êta vida dura!
D. Maria José passava por maus bocados: uma enorme ferida em seu pé direito faz com que os médicos o amputassem. Ela era diabética e remédios somente chá de ervas do mato. D. Maria José completou no ano passado sofridos 54 anos. Nova, mas acabada, vai de bengala trabalhar. Cansada, chega à tardinha em casa e com muitas dores. E comer?… O que?
Ana sofre com isso. Ver a mãe neste estado lhe aflige muito, apesar de ainda não saber quais as causas da diabete.
Com a ajuda de uma vizinha, Ana faz o Fundamental completo e o Ensino Médio. Se preparou para o ENEM e se sente contente. Nestes últimos anos, Rita, a vizinha, lhe oferece guarida e um prato de comida todos os dias. Muito fraca, Ana continua estudando mesmo sem material adequado para fazê-lo.
No dia do exame do ENEM, lembrou-se da tragédia que passou: sua mãe havia falecido há três meses. Mesmo saudosa da querida mãe, lhe oferece sua PROVA em sinal do seu amor por ela. E mesmo sem saber como rezar, suas orações chegam até D. Maria José através dos anjos que ali habitavam. Com certeza a mãe ouviu sua prece – e à Rita ela vai contar o que passou.
Mas Deus é Pai!
Ana não conhece e nem sabe quem são seus pais biológicos. E pela nossa conversa, não tem a pretensão e nem a intenção de conhece-los.
Volta para casa após conversar com Rita e uma surpresa: neste dia do exame sua casa foi invadida e ali nada mais existe. Pessoas sem coração nada deixaram ali e somente a saudade ficou.
Sem eira e nem beira, a mesma moça de quase dezenove anos pensa: o que passou, passou…
Ana quer ser médica ortopedista. – Confie em Deus, vai dar certo, lhe respondi.
A amizade entre Rita, seus familiares e Ana continua forte.
Deus a proteja, Ana. Que seu sonho se realize. Que você tenha a força de Deus para um dia salvar vidas em sua profissão. Se tiver oportunidade, conte aos amigos sua história de vida. Será o enredo para o próximo filme: de sofrimento, de lágrimas, de amor e conquistas.
Aqui no Jornal O Imparcial já está relatada aos nossos leitores. Impressa nesta redação de Jornalismo, ela ficará para sempre no coração de muitas pessoas e de todos nós. Será um imenso prazer comparecer à sua FORMATURA.
A perseverança faz parte de sua vida Ana.

Parabéns Matheus Despezzi Grecco pelo seu aniversário neste 10 de dezembro. Cumprimentos do pai Wilson Eduardo, dos tios Wagner José e Nilda, do Vitor Henrique e da avó Carmem Dolores.
Parabenizamos neste dia 11, todos os arquitetos pelo seu dia e em seu nome, um viva a todos. Parabéns por esta sua Profissão!

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