Amor que por si só é tudo,
que traz um coração cativo
e se nos lábios
marca-me com risos
deixa – me na alma cicatrizes…
Amor que surgiu com o vento,
de um olhar,
de uma palavra sem sentido…
E que de leve, devagar,
se fez vendaval
transformando tudo…
Nem sei se é amor ou paixão,
pois o que trago
dentro do peito,
de tão grande
já não tem tamanho,
tirando lágrimas
deste poço seco…
No entanto, enquanto o maldigo,
ao mesmo tempo
o desejo, e tanto,
que na noite fria sua presença
é ausência que não faz sentido.
Nem sei mais quem sou,
se sou apenas
e tão somente
a sua imagem ou seu reflexo,
meu grande amor
impossível…