E dezoito agostos se passaram
O primeiro passou
Como a borboleta de uma nota em tempestade
Cujo medo se esvaiu e somente sobra a coragem
Transformando os sonhos em tangível ar
No sexto agosto a alma tornou parte da arte
Por treze agostos não vi a poesia
Por treze agostos eu corria e era pura fantasia
O poema se tornou parte
Da arte que já existia
Os agostos se passaram
Um inverno e outro, foram além de dois
Me tornando em paixão por emoção e mente
Gibis, contos, romances longos sem fim
Deixando de ler para escrever
Tornando real o que dentro da alma sempre pude manter
O agosto passa, o agosto vem
De rosa, roxo, laranja e preto
Cada cor por um anseio
Em um brincar de bonecas, as brincadeiras viraram poesia
O cantarolar virou música todo dia
Conheço a vida por apenas ser
E como o presente, dessa vez foi meu
Mais um lindo agosto tive honra de viver