Nascido em Jaborandi no dia 16 de setembro de 1950, Ademir Dizeró é filho de Belmiro e Nadir Pereira Dizeró e tem oito irmãos: Ademar e José (in memorian), Altair, Lucinda, Antônio, Belmiro, Sueli e Evandro. Veio para Monte Alto quando tinha 14 anos e foi aqui que conheceu a jovem Iguatemiza da Silva, com quem se casou no ano de 1973. Da união nasceram os filhos Ademir Dizeró Junior e Lucas Dizeró; tem 3 netos: Victor Hugo, Lívia e Gustavo.
O TRABALHO – “Quando cheguei aqui em Monte Alto, fui trabalhar, na Cestol. Era uma trabalho árduo, eu costurava sacos, descarregava caminhão, enfim, fazia serviços diversos. O encarregado era o sr. Osvaldo Buzeto, foi ele quem me colocou lá. Depois, fui trabalhar na Superfértil, onde fiquei por três anos. Vendo meus esforços, o proprietário, sr, Albino Pinto, arrumou para eu trabalhar na Industria Cestari. Naquela empresa eu trabalhei por oito anos, o gerente na época era o sr. Nelson Ferreti. Na Cestari trabalhei também com o Nivaldo Morgado, com o Teixeira, com a Maria Inês, com o Luiz Antônio, Paduan, Mário Wagner, entre outros. Foi então que resolvi fazer faculdade de administração em Ribeirão Preto, na UNAERP”.
A CARREIRA DE ADVOGADO – “Foi através do incentivo de um amigo, o José Vicente Pinto Ferreira, que hoje é Promotor de Justiça em Ribeirão Preto, que eu me tornei advogado. Ele era muito meu amigo e um dia disse: – olha Ademir, você precisa estudar Direito, ser advogado, porque ai você pode ter sua própria empresa, ao passo que como administrador você vai ser empregado. Ele insistiu para eu seguir esta carreira que foi muito importante para a minha vida”.
TEMPOS DIFÍCEIS – “Quando eu comecei fazer a faculdade de Direito eu chegava do serviço na Indústria e só dava tempo de descer do ônibus da empresa e entrar no ônibus da faculdade. Não dava tempo para nada, nem tomar banho nem comer… Foi uma época difícil, muito difícil. Quem muitas vezes me mandava lanche era a Elisabete, minha amiga e esposa do Vicente. Ele também, sabendo da minha dificuldade, sempre na bancava lanches mim na faculdade. Ele fez Direito junto comigo; trabalhava no cartório do Fórum, é uma pessoa muito boa, foi muito importante na minha vida”.
O ADVOGADO – “Comecei a estudar Direito em 1976 e me formei no ano de 1980”. Perguntado por este colunista se lembra-se de sua primeira audiência, da emoção que sentiu, Dizeró disse: – Ah, eu me lembro bem, minha cliente era uma senhora, Dona Cidinha de Quadros. Me lembro que foi o próprio Vicente que me orientou muito, mesmo ainda sendo cartorário, embora já tendo se formado advogado.”. No tempo que eu estudava Direito não era como hoje, a gente não fazia estágio no Fórum, eu nem tinha tempo, trabalhava na indústria. Hoje, os jovens podem estagiar, e assim, já se preparar para quando se formarem, já ter experiência para exercer a carreira. Por isso, que naquela época eu contava muito com a ajuda do Vicente.
Quando eu comecei minha carreira, eram poucos advogados em Monte Alto, lembro-me do Dr. Aniz Haddad, Dr. Plínio Daneluzzi, Dr. Paulo Carnachioni, Dr. Paulo Curti, Dr. José Henrique Frascá, Dr. Edmar Morgado, Dr. Rineu Santamaria”…
O PRIMEIRO ESCRITÓRIO – “Fui trabalhar com o Dr. Rineu Santamaria a convite dele e fiquei mais ou menos três anos, em seguida, montei meu próprio escritório”.
CEJUSC – Em Jaboticabal, está tendo uma “queda de braço” entre a OAB local e a instalação do CEJUSC na Comarca daquela cidade. O senhor acha que o CEJUSC, pelo fato de atender direto, sem a presença de advogados em algumas ações, atrapalha os advogados? “Eu penso que seria certo se a OAB pudesse acompanhar as pessoas no CEJUSC, em determinadas audiências, já que em algumas vezes os mediadores não estão totalmente preparados para certos casos, isso me deixa temeroso. Teve casos de clientes que ficaram apreensivos porque não estavam acompanhados de um advogado, principalmente aqueles que não podem pagar. Por isso que seria muito importante a participação da OAB”.
FORMAÇÃO DA OAB – O Dr. Botino, de Jaboticabal, e o Dr. Aniz Haddad foram os grandes incentivadores a instalação da OAB na cidade. “Eu fiz parte da primeira diretoria no biênio 1987/1988, que era formada pelo Dr. Aniz como presidente; Dr. José Henrique Frascá, vice; Dr. Edmar Morgado, secretário e eu como tesoureiro”.
LEMBRANÇAS – “Me recordo muito bem de um time chamado Cruzeiro, que jogava lá na Vila Pires, ficava na rua Campos Sales. Tinha o Cidão do Gim, o Nenê (meu cunhado), o Vadinho, o Trigueiro. Lembro também do baile da CRAI, onde fazíamos brincadeiras dançantes aos finais de semana e do ‘footing’ na praça”.
AGRADECIMENTO – “Além do casal Dr. Vicente e Bete, quero agradecer também à minha esposa Iguatemiza, ao casal Manoel Vrech (in memorian) e sua esposa D. Ilda, que me ajudaram muito financeiramente ao longo dos meus estudos, eu não tinha condições de pagar mensalidade do curso”.
MENSAGEM – “Estudar, estudar e estudar. Assim, o sucesso é questão de tempo. Nunca desistir!