Em tempos de intolerância que brota de todos os lados, a educação é o único caminho para pacificação. Pacificar é ser resistente com as questões que colocam a entidade educacional no fundo do poço.
Ao longo do tempo, surgiram vários pensadores que com suas ideologias utópicas não conseguiram reverter esta situação. Falar dela sem estar dentro da bolha é fácil; os professores é quem são os verdadeiros filósofos nesta filosofia toda. São os únicos que podemos chamar de resistentes, pois há décadas que eles se deparam com situações degradantes no seu ambiente de trabalho, e o que fizeram até agora foi escrever livros para que o setor avance (utopicamente) e , consequentemente, lucrar com as vendas.
Se iremos falar de resistência, falaremos dos professores que lutam diariamente por uma educação de qualidade mesmo ganhando seu mísero salário. Se iremos falar de resistência, citaremos os pais engajados com a verdadeira educação dos filhos. Não precisamos de radicalismos oriundos de maus profissionais que inserem suas ideologias dos filhos desta terra. A maior resistência deste país está na índole do bom professor: aquele que tem o olhar diferenciado para uma criança. Ele sim é a verdadeira resistência. Resiste a tudo e a todos. Mesmo que lhe virem as costas, está ali: forte com um touro e resistente como o tempo.
Como foi dito anteriormente, ele é o agente da pacificação de um país desunido e abastado de ódio. É o centralizador. Claro que existem aqueles que descentralizam e priorizam outros assuntos além da docência, porém estes não passam de rótulos, e com o tempo, serão desmascarados pelo sistema ou por aqueles que se preocupam com a verdadeira função da educação.
Se ferirem a nossa docência, somente nós, os verdadeiros professores, é quem faremos a diferença para que a ferida não chegue à existência na nossa alma. Para que isso aconteça, é preciso ser aquilo que nascemos para fazer: ser o professor que inspira e que produz sonhos, e não ódio. O mundo já tem ódio demais. A sala de aula é o único refúgio para amenizar toda esta cólera. É lá que produzimos verdadeiros cidadãos, através dos nossos ensinamentos e da nossa experiência de vida.
A educação é resistente e também é a saída para o balburdio. Entretanto, há pessoas que não querem enxergar, ou fingem não enxergar, que esta é a solução. Enquanto há resistência que fere uma sociedade emergente, há um lado dela que luta às escondidas para que esta ferida não se espalhe pelos cantos do país. E isto nem é um pensamento político, mas sim humanitário e pacificador.
