Estive em férias semanas atrás. Foram 13 dias entre rodovias, trens, aviões e conexões. Quatro países envolvidos neste processo. Lugares novos, lugares revisitados, aeroportos desconhecidos, línguas desconhecidas. Em poucos dias, ouvi alemão, francês e inglês. E que falta fez ouvir um bom português!
Como fizemos tudo sozinhos, eu e minha família, circulando pelo transporte público de todos os lugares, foi um exercício de calma e paciência tentar se comunicar em inglês (o meu básico mesmo), em espanhol e em uma mistura de expressões do idioma do país e o português que, na ausência de outra palavra, saia naturalmente.
E dá-lhe entrar em site, comprar passes, agendar passeios e visitas. Traçar trajetos no maps, checar horários de metrô, entender as conexões do transporte em cada país, correr para não perder o horário do próximo trem.
A questão é que tudo isto – por mais que envolva férias e lazer – disparou minha ansiedade, visto que sou uma ansiosa crônica, mesmo que hoje me considere com muito mais controle e equilíbrio no gerenciamento deste sentimento.
É muito mais comum associarmos a ansiedade a situações difíceis ou de estresse. Porém, por ser um sentimento natural, a ansiedade está presente em nosso cotidiano e tende a ser maior quando enfrentamos ou vivemos situações novas, desconhecidas e até mesmo prazerosas.
Resumindo: a ansiedade vai com a gente aonde quer que a gente vá e, mesmo em férias, tive que gerenciar a minha todos os dias!
Voltando para casa, fora o cansaço e a adaptação natural pós-férias e muita diferença de fuso horário, estou feliz e orgulhosa porque eu dei conta.
Não há o que separe a ansiedade da gente. Ela vai junto. Por isto é essencial aprender a gerenciar não só a ansiedade, mas todos os nossos sentimentos e emoções – as que consideramos boas e as ruins, também.
Isto é investimento e aprendizado para a vida: cuidar de nossa saúde mental e equilibrar nossas emoções – aonde quer que a gente vá e com quem quer que a gente esteja!
