COMPULSÃO
Uma palavra, votário, se existisse, definiria o voto do otário. O eleitor clássico, que vive nos países auto chamados de democráticos, acredita que ao votar está praticando um ato democrático e consolidando uma suposta democracia. A simples existência de campanhas políticas, publicidades eleitoreiras e de debates sem ideologias ferem o princípio democrático, limitando uma eleição a um ato e escolhas nominais, sem levar em consideração o Estado, cuja função é a servilidade, que deixa de existir quando abriga autoridades no poder. Os EUA posam como a maior democracia do mundo (a maior é a Índia), o Brasil, porque realiza eleições periódicas e mantém seus três poderes republicanos independentes, se diz um Estado democrático, que se preocupa com abstenções nas eleições, como se a consolidação republicana estivesse restrita ao voto. O brasileiro não vota para participar do governo, mas para ser governado pelo Estado. Uma democracia de mão única!
FRASE
“Cada pena que você puxa vem uma galinha”. (Teori Zavatti, ministro do STJ). Referindo-se aos processos da Lava-Jato.
COMUNA
Os documentários e livros sobre a história do Brasil mencionam sempre a Coluna Prestes, que os jovens mal imaginam o que foi. José Carlos Prestes era tenente do exército e foi expulso, como represália, ele reuniu cerca de 10 mil militantes de vários estados do Brasil, todos a cavalo, percorrendo 25 mil quilômetros do sul até o norte. Não participaram de batalhas, apenas recrutaram mais gente pelo caminho. Isso foi em 1924. Para narrar parte dessa odisseia, seriam necessárias várias edições desse jornal. Durante a jornada o povo doava comida e outros objetos necessários à coluna. Para uns, Prestes era um aventureiro comunista, para outros, um herói nacional. Vale o mio termo! Quando a coluna chegava a uma fazenda confiscava os cavalos, caso os proprietários não aceitassem, os militantes simplesmente inutilizam as montarias, quebrando as pernas dos animais, para que não fossem usados para persegui-los.
BANDEIRAS
No século 17, o movimento paulista chamado bandeiras, entrou pelo sertão de São Paulo, Mato Grosso e Goiás, para procurar ouro, pedras preciosas e prender índios para escravizar. A ação deles é contraditória à luz da história, dizem que cometeram um verdadeiro latrocínio porque roubavam e matavam, também há os que afirmaram que houve um genocídio em relação aos nativos, que foram exterminados, outros dizem que os bandeirantes (Atuantes nas bandeiras) fundaram cidades, construíram estradas e descobriram rios, lagos e montanhas desconhecidas. Lendas surgiram sobre o movimento, alguns curiosos casos, como a história que os bandeirantes apareceram em uma vilarejo no interior do Mato Grosso e viram um grupo de peões jogando cartas, usando como fichas algumas pedras verdes, cujo chão estava abarrotado com elas. Os bandeirantes descobriram que eram esmeraldas. Os jogadores foram “recrutados” como garimpeiros e as pedras confiscadas.
REPRESSÃO
Na ditadura 64/85 a direita, representada pelos militares, tinha uma oposição ferrenha da esquerda. Além dos militares, cuja formação intelectual não era a melhor, havia os burgueses, que apoiavam a ditadura com interesse capitalista, que também careciam de um nível intelectual maior; enquanto a esquerda reunia jornalistas, escritores, estudantes, poetas e intelectuais de toda ordem. Devido à baixa inteligência e à parca formação escolar, quando os saldados e sentinelas abordavam suspeitos nas ruas e colégios, apontavam as armas dizendo: Teje Preso!
A palavra de ordem foi adotada pela esquerda como piada, do mais fraco contra o mais forte e como refrão de alerta, para avisar que a polícia chegava.
DOSE
Existem medicamentos de marca, similar e genérico. O chamado de marca é o mais caro devido o valor da embalagem e o custo da publicidade. O similar, em relação, tem um custo menor, enquanto que o genérico tem preço várias vezes menor, mesmo assim, os laboratórios genéricos fazem publicidade. Depois que surgiram os genéricos, certa vez, um médico receitou-me um remédio; ao perguntar-lhe se podia ser um genérico, a resposta foi positiva. Ele acrescentou: desde que seja do laboratório tal! (sem comentários).
REPETECO
Um leitor é aquele que lê e nem sempre entendo o conteúdo da leitura. Na mesma proporção, este é aquele que vota, o eleitor. Como no Brasil as eleições acontecem a cada dois anos, não existe um meio de comprovar a convicção do voto, que muitas vezes é dado por impulso, coisa do momento, como os produtos de uma gôndola de supermercado, compra-se o que chama mais atenção. Se algum dia, um juiz eleitoral resolver cancelar uma eleição, para em seguida realizar outra, jamais o resultado das duas serão iguais.
IDENTIDADE
A felicidade é atender o celular. Mandar mensagem e, em seguida, perguntar por voz se a mensagem foi lida. Ser feliz de fato está na quantidade de KKKKKKKK que é digitada e nas carinhas idiotas transmitidas e recebidas.