CANUDO
Muitos profissionais com curso superior de várias áreas exibem no local de atendimento diplomas em quadros envidraçados na parede. Como trata-se de apenas cópia de um certificado, como capacitação profissional tem validade relativa, avaliada de acordo com o conceito cultural do cliente. A prova real é de que o profissional cursou uma escola técnica ou uma universidade conceituada, sem que o mérito pessoal tenha peso em função disso.
Esse preâmbulo ilustra que o Brasil é um país que valoriza mais as instituições do que o mérito pessoal. Um profissional formado em uma universidade de ponta não é mais competente do que aquele que se diplomou em uma faculdade, digamos, de segunda linha, porque o mérito profissional é meramente pessoal e não da instituição cursada. O conceito também vale para os profissionais sem curso superior, cuja carteira profissional registra funções em pequenas, médias e grandes empresas, o currículo dos que trabalharam em empresas consagradas no mercado sempre é enriquecido. A avaliação vai além, um exemplo clássico, é o conceituamento policial, se alguém é preso pelos policiais dos Estados (Civil e Militar) é um criminoso “pé de chinelo” – porém, se a prisão ocorrer com a intervenção da Polícia Federal, o detido é de alta periculosidade e passa a ser importante no mundo criminal.
Está na moda: quem for julgado pelo juiz federal, Sérgio Moro, se torna uma figura de expressão nacional!
BANANAL
Os países do Caribe e América do Sul eram chamados pelos norte-americanos de Repúblicas de Bananas, porque a fruta era nativa de toda a região, que uma multinacional dos EUA importava toda a produção para consumo “in natura” e industrialização, porque a fruta é nutritiva e fonte de vitaminas, uma das mais completas da Terra. O termo se tornou pejorativo, principalmente no Brasil, porque a banana era “banalizada” como alimento e tinha um preço de “banana” (Valia quase nada). Enfim, era fruta de pobre!
Não faz muito tempo que o humorista e compositor popular, Juca Chaves, ao se referir jocosamente sobre uma ex-namorada, dizia que ela dava mais que banana no mato!
BRASILIS
A maior mentira do milênio foi contada por Pedro Alvares Cabral, com ordem de Portugal, que os reis católicos da Espanha, Fernando e Isabel, engoliram e os futuros brasileiros também. Foi aquela do português, que o Brasil estava no Caminha das Índias, o que o levou a ser descoberto, avistado, achado e identificado como a Terra dos Gurus. Então o povo nativo do Brasil, que teria como identificação o adjetivo pátrio, Americano, adotou o codinome de índio. Foi um índio, sem nunca ter sido indiano ou hindu. A mentira faz parte do currículo oficial do Brasil, que o sistema educacional divulga como verdade, comprometendo a informação e o conhecimento dos nossos meninos, ilustres desconhecidos de uma Pátria inexistente e de uma Nação abortada.
HISTÓRIA
O Brasil não tem um caminho definido, porque foi abalroado pelas naus portuguesas e depois saqueado pelo resto da Europa. Enfim, sempre esteve no meio do caminho e os brasileiros aceitam isso como fato. Nosso país não está no meio do caminho, é o verdadeiro caminho dele mesmo, cuja trilha é a Educação com seus navegadores, o professorado. Há uma colisão entre o Estado e o mérito profissional do professor nacional. O Estado não quer que o aluno aprenda o necessário, oprimindo a liberdade de ensinar do professor; quando não curricular, a moral, com a desvalorização da nobreza da profissão. O Estado coloniza a cabeça professoral e prende a iniciativa humana nativa da juventude.
O caminho nacional é o meritório, se estiver atado ao diploma universitário é mais uma soma e não a equação. O mérito do professor deve estar na sala de aula intocável. Fala-se no Brasil em democracia e república e ninguém sequer pronuncia Meritocracia. Não é possível criar uma democracia sem o cidadão meritocrático, também se pratica o sistema republicano sem mérito patriótico.
Ninguém recebeu um titulo de cidadão republicano ou de um democrata de honra, porém, existe uma medalha universal: honra ao mérito!
PODEROSO
Antes do conceito Estado, existia os territórios governados pelos reis e outros soberanos com outros nomes. Eram senhores absolutos no seu reduto, cuja vontade era a lei e a palavra tinha poder final. Foi Portugal, reino que tivemos a honra de pertencer, anexado a Algarve, o primeiro país da Europa a adotar o conceito moderno de Estado, colocando a autoridade do rei em xeque. (A aposentadoria nasceu em Portugal).
O estado nasceu para eliminar o absolutismo, a injustiça e a desigualdade social e racial. Quando o rei francês, Luís 14, foi alertado pelos seus ministros que suas ações feriam o Estado, ele respondeu que o Estado era ele! A resposta foi uma prova de que o poder não seria largado a quem aparecesse, uma fonte certa de corrupção, velha companheira da humanidade com a ajuda do poder reinante. O Brasil praticamente nasceu um Estado, mesmo que governado por uma monarquia, era parlamentarista, com dois partidos, Liberal e Conservador, e correndo por fora o republicano. Os dois Pedros I e II não eram absolutistas, porém, abusavam do Estado, a cavalaria real contava com 1.000 cavalos, cuja estrutura consumia soma considerável do erário. Em 1823, um ano depois da “Independência ou Morte” o parlamento pressionou D. Pedro I para promulgar uma constituição. Ele concordou e mandou que a redigissem. Pronta, perguntaram o que Vossa Majestade gostaria de acrescentar. Ele disse: apenas o preâmbulo – o imperador não erra!