URBANO
Monte Alto, ao longo da sua história política, contou com dezenas de prefeitos e centenas de vereadores. Entre todos eles, apenas um pode receber a láurea de estadista, Dr. Raul da Rocha Medeiros. Um governante se destaca pelas obras que realiza, físicas ou políticas, enquanto que o estadista se identifica pelos atos de Estado. O Dr. Raul é lembrado historicamente por obras municipais que ultrapassam as atuações meramente locais, a construção da Santa Casa de Misericórdia, centenária, que exigiu ações de influência política estadual e federativa. Os feitos locais ultrapassam o limite urbano, porque atingiram o município territorialmente. Não existe registro cartorial, por exemplo, da intervenção do Dr. Raul quando o vizinho município de Jaboticabal, pleiteou junto às estâncias superiores a extensão do seu limite divisoriamente, o que incluía o povoado de Ibitirama que passaria a pertencer àquele município. O Dr. Raul colocou toda sua influência junto ao governo estadual da época e Ibitirama ficou em Monte Alto. Uma ação do tipo não se registra oficialmente. Com o distrito de Aparecida de Monte Alto aconteceu coisa parecida, o município de Cândido Rodrigues agiu politicamente para anexar o distrito àquele município. Surgiu a figura do Dr. Raul nos bastidores paulistanos, argumentando que o nome Aparecida de Monte Alto era o registro do direito territorial da nossa cidade. Aparecida de Monte Alto permaneceu em Monte Alto, nome real do distrito. Ele nunca usou Montesina para conseguir o que era de direito. Dr. Raul da Rocha Medeiros é o único cidadão de Monte Alto que é nome de rua na capital paulista.
CITAÇÃO
A moçada não sabe, os mais velhos ainda se referem a um local com muita gente junta como “parece a Festa de Agosto”. Isso porque nos dias de festas do Bom Jesus, no final de julho e começo de agosto, o local da quermesse lotava de gente. Além de muita gente, o local era pequeno, o que aumentava a visão periférica dos que viam.
CHAPÉU
A filantropia é a ação mais humana que uma pessoa pode realizar para reconhecer as necessidades do próximo. Quando o filantropo não observa o preceito bíblico “não permita que a mão esquerda saiba o que faz a direita” o ato de ajuda perde a espontaneidade e passa ser uma ação egocêntrica. Nos templos antigos, os pedintes usavam uma bacia de alumínio para que todos ouvissem quando alguém atirava uma moedinha de caridade. (O tilintar da esmola aquece o coração frio).
VIA
A rua mais longa de Monte Alto é a Jeremias de Paula Eduardo.
MOMO
O carnaval de rua no Brasil sempre foi diferente daquele realizado em salões. Uma festa popular que desde sua aparição um gueto, onde os pobres ficam confinados da elite, tipo da festa circo e circo. Até hoje, para os desfilantes carnavalescos, aparecer como destaque nos desfiles e na TV é reinar sobre os simples mortais. Em Monte Alto, o carnaval de rua teve seus dias de glória; porém, a velha e retrógada elite preferia mostrar a cara no Monte Alto Clube. Para registro, quando apenas nos salões de Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ) se realizava o carnaval às sextas-feiras, no resto do país, tudo começava no sábado. Monte Alto, em 1967, deu início no momo carnavalesco na sexta-feira. O descrédito acabou logo no ano seguinte, o pessoal de fora, que não sambava às sextas, vinha para Monte Alto atrás das nossas rapagrigas e de troco levavam uma corridinha dos candidatos a chifrudos!
PATENTE
Sempre tive comigo uma lista grande de invenções idiotas, joguei tudo fora, fiquei com a mais idiota de todos os tempos: o pau-de-selfie.
MENU
Os deuses dos brasileiros, mais conhecidos no mundo como americanos, quando nada mais são do que NORTE-Americanos (Americanos somos também!), tem uma culinária meio duvidosa que é o picles com mel.
IGUARIA
Eu tive um tio que almoçava e jantava como qualquer um, de qualquer família. A preferência dele era um arroz branco soltíssimo, com um salzinho a gosto com um tempero “mui generiS”: cubinhos de goiabada mui bem picadinhos”.
APLICATIVO
O celular chegou tarde à humanidade. Se Napoleão tivesse um, enviaria uma mensagem à Josephine: “Jos tô mal, tenho que ficar de quatro. As hemmo me matam, nessa posição vou perder a guerra”. Júlio César por sua vez: “Cléo, ontem a noite sonhei com seu nariz, estava grande”. Nero, furioso: “Mãe, se você não parar com essa históra de que não sabe quem é meu pai, vou acabar por matá-la”. D. Pedro II: “Domitilia, manda uma frase para eu gritar no Ipiranga”. Rei Salomão: “Querida Rainha de Sabá, esqueça as 70 mil, amo mesmo é você”. Hitler, do bunker: “Eva, falta judeu, tsk, tsk, tsk, tsk, tsk”. Jesus, a caminho do Calvário: “Pedro, me pegaram pra Cristo, k, k, k, k, k, k”.
CLUBE
O brasileiro mora no Brasil com a cabeça nos EUA. Em 1910, morava no Brasil e a cabeça em Paris. E elite do Acre, no auge da borracha, mandava lavar roupa em Lisboa.