ANOS PERDIDOS
Nas décadas de 1940/50/60, Monte Alto foi o maior produtor de mamão do Brasil. Todas as tardes/noites partiam com destino ao Mercadão da capital paulista dezenas de caminhões com carga total. Ainda não existia o Ceasa e o Mercadão Central distribuía aos feirantes a produção agrícola do Estado, que forneciam à população através das feiras livres, antes da era dos supermercados.
Nas feiras diárias em todos os bairros paulistanos, três frutas lideravam as vendas, todas com ‘marcas’. O mamão de Monte Alto, o abacaxi de Brodowski e a banana do Vale do Paraíba. (Até hoje os feirantes anunciam o mamão de Monte Alto exposto nas bancas, frutas que nunca saíram da cidade, são baianas, na maioria).
Na década de 1970 o mamão sumiu das lavouras do município, uma doença chamada popularmente de “broca” dizimou as plantações de mamoeiros. A raiz apodrecia e a planta não frutificava. Era o fim da era do mamão!
As plantações gradativamente foram substituídas pelas frutas cítricas, limão, laranja e tangerina, pela ordem. Monte Alto despontava como importante produtor de citros, como consequência foi projetada uma indústria de sucos no município (ninguém se lembra disso), que morreu no berço, mesmo tendo adquirido e pago as terras para a sede e laboratório de pesquisas de qualidade, com plantações “in loco”.
Monte Alto praticamente liderava a região na área da citricultura até que em 1981 a bomba estourou. A Secretaria Estadual da Agricultura anunciou que seus engenheiros agrícolas detectaram focos de cancro cítrico nas plantações de Monte Alto, principalmente nos limoeiros chamados de galego. Monte Alto imediatamente começou a pagar o preço, o mercado recusava nossas frutas e a secretaria invadiu de vez o município, tomando de assalto nas lavouras, arrancando os pés contaminados, queimando-os e interditando uma área ao redor com 50 metros de raio. O Estado comprou 50 fuscas, contratou 50 motoristas e 50 técnicos e engenheiros para as visitas diárias às propriedades.
Quando os proprietários das roças tentavam impedir a prática, a polícia era chamada, existiram até ordens judiciais. O cancro cítrico na Flórida havia dizimado a citricultura e os engenheiros dos EUA assinaram laudos que o mesmo poderia acontecer no Brasil. Algumas histórias se tornaram folclore, como a de um agricultor que tentou impedir os funcionários de entrarem na propriedade munido de uma espingarda e facões e também o caso de um sítio que abrangia o município de Monte Alto e Cândido Rodrigues, tendo a mesma lavoura dos dois lados e o cancro cítrico tendo se limitado à plantação de Monte Alto. A piada foi inevitável: cancro cítrico geográfico. Em 1986 a doença foi erradicada com a vinda do limão Taiti.
VISÃO
No auge do poder político e militar, Napoleão Bonaparte defendia a adoção de uma república universal e de um mundo sem fronteiras. Foi derrotado nas armas e ideias.
BULA PAPAL
No ano de 1455 o Papa Clemente II decretou legalmente a Inquisição (Santa Inquisição) oficialmente, por fora ela existia há anos. O judeu preso tinha que responder a um longo questionário, no qual havia perguntas de caráter secreto do catolicismo, que os judeus não tinham como responder. Quem não sabia tinha todos os bens confiscados e eram expulsos da cidade. Quando chegavam nos outros locais eram pegos novamente pelos inquisidores, como não tinham nada para a fiança, eram novamente expulsos do novo lugar e assim vagavam sem parar. Os judeus agradeciam a liberdade porque a outra opção era a fogueira.
O chefe da Inquisição foi Tomas de Torquemada, que foi colocado na lista dos mais cruéis pelos historiadores, ao lado de Hitler, Nero e outras figurinhas.
Se o judeu se declarasse como judeu era condenado à fogueira, se aceitasse a conversão também era queimado vivo, a inquisição alegava se um judeu mudasse de religião não era de confiança, porque mudava de lado.
Uma pergunta clássica do inquisidor para o judeu era o nome correto do palato. Como ninguém sabia e respondia “céu da boca” era levado à fogueira. O céu era apenas um – o de Deus – céu na boca era blasfêmia. Sentença: fogueira!
TECNOLOGIA
O sujeito levanta cedo, entra no carro, chega na esquina e bate no poste, a cabeça bate no volante e sangra. Ele apanha o celular para pedir socorro e encontra uma mensagem: “Bom dia, querido.” (Era a namorada). Um dia mais que bom!
RAPOSA
Atuou na cidade lá pelos anos 1970. Era comerciante bem sucedido, atuava no ramo de bar. Foi proprietário de vários em muitos pontos de Monte Alto. Seu “modus operandus” era a esperteza. Ele alugava um salão, abria um bar bem montado e bem visto. Depois de um mês atraia a clientela servindo sem pagamento algumas bebidas populares como cachaça e o bar ficava lotado de gente consumindo. Todos ficavam admirados com tamanho movimento e sempre aparecida alguém para comprar o estabelecimento. Ele vendia com um lucro grande e partia para a inauguração do próximo ponto. Cada de pau, ainda colocava nomes de santos nos seus bares.