REX PUBLICA
O Brasil tem cerca de 140 milhões de brasileiros credenciados para votar. Desse total, a metade é de eleitores e o restante de votantes. Eleitor é quem vota ideologiacamente e se mantem vigilante sobre a atuação de quem elege, ou seja, o eleitor é permanente. O votante é aquele que comparece às urnas apenas por um dever cívico, sem compromisso com o voto em si, geralmente vota no candidato tipo “rouba mas faz” ou no demagogo, quando o candidato é eleito, o votante comemora dizendo “ganhei meu voto”. O voto do eleitor preserva a essência política do Estado, enquanto o voto do votante cria a corrupção endêmica.
O voto do eleitor é o credenciamento para inserí-lo no Estado, já o do votante é uma procuração em branco, para que os aventureiros façam o uso que quiserem.
2017
A palavra mais falada e escrita no ano que passou foi corrupção. Sem dúvida, a mais praticada também!
PARTO
No dia 1º de janeiro de 2018, a Terra contou com o nascimento de 386 mil bebês. Cerca de 100 mil não chegarão a um ano de vida. Morrerão antes!
TABELA
O novo salário mínimo vigente no Brasil será de R$ 954,00. Se a correção fosse plena desde que foi criado em 1940, o valor teria que ser R$ 3.850,00.
ARTIFÍCIO
Além do Brasil, quando vira o ano, muitos países comemoram com fogos de artifício. Lamentavelmente, com a queima de fogos são queimados os neurônios daqueles que de deslumbram com a prática. A cada ano os neurônios que sobram nos cérebros são cada vez mais escassos.
PARAÍSO
Pesquisas mundiais apontam a Nova Zelândia como o melhor país para viver. Curiosamente é um dos que tem o maior índice de suicídio do planeta. Justifica-se: se o Neozelandês tem tudo o que precisa e o que quer, a pergunta é viver para fazer o que? Se a população da Nova Zelândia for trocada por brasileiros, o país se tornará rapidamente o pior lugar da terra para a vida.
FLORIPA
Setores da população de Florianópolis, capital de Santa Catarina, querem trocar o nome da cidade. A cidade tem o nome homenageando o segundo Presidente da República, Floriano Peixoto. Ele foi um general linha dura que deu um golpe no seu antecessor, Marechal Deodoro, tomando o poder, governando com uma cruel ditadura. O velho Deodoro renunciou ao cargo para não se tornar vítima de Floriano.
EUA
O Estado norte-americano da Califórnia é o mais rico da federação. Se a Califórnia declarar independência, automaticamente se tornaria a sexta economia do mundo.
TOURO SENTADO
Nos filmes e na história dos EUA, os índios são retratados como cruéis, sanguinários e vingativos. Entre as barbaridades que cometiam contra os brancos se destaca o escalpo, que era a retirada à faca do couro cabeludo das vítimas, mortas ou vivas. O escalpo era um troféu de guerra.
Os brancos ingleses que eram bonzinhos e santos não faziam nada disso. Eles apenas pegavam lençóis contaminados com varíola dos hospitais e distribuíam para os índios não passarem frio. As crianças índias eram as preferidas, em três dias morriam contaminadas.
As grandes tribos indígenas do norte, apaches, comanches, sioux, chyennes e outras, eram atrasadas em relação a muita coisa. Um exemplo: no inverno, usavam uns calçados de couro de búfalo costurados com tiras de pele de lobo, que davam o nome de mocassim. Quinhentos anos depois, os brancos usam-nos como moda!
MPB
Lá pelos anos 60/70. Sérgio Cabral, carioca e intelectual, pai do governador preso, participava da esquerda política do Rio através do Pasquim, um seminário que revolucionou a imprensa brasileira e balançou a ditadura de extrema direita que mandava no país com o aval dos EUA. Sérgio Cabral era versado com música popular, foi preso várias vezes, acompanhado de Millor Fernandes, Jaguar, Ziraldo, Betinho, Sérgio Porto, Paulo Francis, entre outro. O Sérgio Cabral bandido foi integrado na carreira política, começou como vereador no Rio, graças ao prestígio do pai.
Certa vez, na prisão, o interrogador perguntou a Cabral (o pai, é claro) se ele havia escrito uma “monção” sobre o militarismo no poder. Cabral respondeu: “eu escrevi uma moção, monção costuma acontecer muito no Amazonas, é um fenômeno climático”.
PROFECIA
Em 1949 o escritor inglês, Eric Arthur Blair, escreveu um livro com o título 1984, no qual previa que nesse ano o Estado dominava os homens vigiando-o dia e noite. Tudo com monitoramento de câmeras e escutas. Além dessa obra ele escreveu um romance satirizando a URSS, com o título “Os Bichos”. Ambos foram sucesso de literatura internacional. Quem não leu não pode perder. O autor assinava com o nome de George Orwell (Esse todos conhecem!).
CAMINHANDO
No auge da repressão, a ditadura procurava centenas de atuantes da esquerda, principalmente artistas de renome. Entre todos, apenas um era procurado vivo ou morto: Geraldo Vandré.
