BRASILIS
O Brasil é uma república presidencial parlamentarista, um sistema misto onde um governa e outro desgoverna, que o Poder Judiciário julga quem tem razão.
O país brasileiro deve ao capitalismo internacional três trilhões e trezentos bilhões de reais, pagando juros anuais de 500 bilhões de reais, que compromete substancialmente o PIB, sacrificando o povo na área de saúde, educação, transporte e outras fundamentais. O capital é impagável, a não ser que o Brasil ceda parte do seu território aos EUA para uma base militar ou à China para uma horta coletiva típica do comunismo. O estado do Acre, por exemplo, seria uma penhora viável, uma vez que, segundo o presidente da Bolívia, foi comprado pelo Barão do Rio Branco pelo preço de um cavalo. Evo Morales não esclareceu se o animal estava selado ou em pelo. Controlado pelos EUA, China, Japão ou Alemanha, em 10 anos o Acre seria o país mais rico da América do Sul, refugiados brasileiros invadiriam as fronteiras acreanas.
BRASILIANO
O Brasil tem 220 milhões de habitantes, dos quais 130 milhões são eleitores e cerca de 100 milhões exercem o direito de voto nas eleições. As eleições, mesmo que não sejam fraudadas, não são justas porque o poder financeiro é decisivo nos resultados das urnas, além do famoso caixa dois, cuja prática é defendida até pelo povo, como se o doador de campanha ilegal fosse um filantrópico. Todas as doações exigem contrapartida, mesmo que não financeira, pelo menos de influência.
Condena-se o Brasil pela falta de democracia. O conceito não existe na Terra em época moderna ou até na era grega. Talvez ela aconteça em Marte, porque lá não existem humanos. A democracia é incompatível com a formação humanística. Os gregos eram democratas apenas na base governamental, onde havia candidatos a cargos, ilibados e preparados, mas a sociedade era constituída de cidadãos livres e de segunda classe, além dos escravos que faziam tudo, para que os livres pensassem em filosofia, ciência e religião.
PADIM CIÇO
Os caminhões que transportam gente no nordeste e em outras partes do país são chamados de pau de arara, porque as pessoas viajam nas carrocerias, conversavam entre si aos gritos, porque o barulho não permitia ouvir com clareza e também seguravam-se nas madeiras do teto para não caírem, tal como as araras no mato, que nas árvores fazem a maior algazarra.
FARDA
Até 1974, quando os militares mudaram o nome para Polícia Militar, a organização policial era chamada de Força Pública, sem o comando do exército. Na nova modalidade, a Polícia Militar, mesmo com comando próprio, ficou sujeita às normas militares das forças armadas, uma precaução de segurança nacional, porque na era Vargas a Força Pública tinha um poderio militar maior do que o exército. Rebeliões, passeatas e manifestações aconteceram em toda parte do país, lideradas pelas Forças Públicas.
URBANISMO
Os que defendem a volta da ditadura 64/85 militarizada, principalmente os de Monte Alto, alegam que por aqui nada aconteceu de estranho, ninguém foi preso, cassado ou torturado. Isso é fruto da ignorância, porque as ideias locais sobre política e liberdade foram tolhidas pelo temor. Os jornais locais, que muitos diziam não ter influência nacional, auto se censuraram porque ninguém sabia quem era quem. Vários textos de nossa autoria foram vetados na redação da época, mesmo que não fossem contestadores, poderiam ser interpretados como tal.
O que conta realmente na época da ditadura foram os ideais sufocados pelo temor. Os sonhos políticos morreram na juventude, que almejava o ingresso na política, mesmo que uma iniciante legislatura municipal, porque a gente acreditava que a ditadura seria duradoura. Alguns poucos, talvez por falta de avaliação real, entraram pelo caminho político com o risco de retaliação dos poderosos que governavam o país. Isso é o prejuízo causado em Monte Alto, onde ninguém morreu ou foi preso por razão políticas. Ler os jornais censurados era o de menos! Não tivemos violência física, a intelectual não conta! Monte Alto não estava fora do mapa.
AGRONOSSO
Uma espécie de ufanismo (patriotismo falso) está crescendo no Brasil, é iconização do agro negócio como salvação da lavoura (trocadilho à parte).
Claro que ninguém está contra o agro negócio no Brasil, até porque o país tinha o epíteto de celeiro do mundo (outra idiotice); um boi ingere cerca de 50 mil litros de água entre o nascimento e abate, o líquido vai de brinde nas exportações da carne. A soja, o milho e outros grãos, do plantio à colheita, consomem milhares de litros de água por tonelada, que também vão de brinde nas exportações. O mundo compra do Brasil para não usar a própria.
Nossas exportações de grãos são pagas rigorosamente pelos compradores, EUA, China, Japão, Índia, Rússia e Alemanha, não em dólar expressamente, mas em produtos de alta tecnologia, que por aqui não existem. Uma plaquinha de computador custa quase nada, um navio lotado de soja ou uma tonelada de carne de primeira.
PIADA
Um cara tinha três amantes, resolveu ficar com apenas uma. Para escolher, deu cinco mil dólares para cada uma aplicar no que quisesse. A primeira aplicou em ações e dobrou o capital. A segunda comprou imóveis e teve uma boa rentabilidade. A terceira comprou uma fazenda e perdeu tudo com a seca. Qual delas o homem escolheu?
– Aquela que tinha os seios maiores!