QUARTEL
Muito se ouve: “na ditadura militar não havia corrupção”. Realmente não havia porque nunca houve ditadura militar. Aconteceu de 1964 a 1985, uma ditadura militarizada, ou seja presidida por cinco generais ou marechais, que apenas ocupavam a cadeira presidencial, quem governava de fato eram os superministros, Roberto Campos, Ernâni Galveias, Delfin Neto, Mário H. Simonsen e Gouveia Bulhões. Todos eles foram ministros da economia, da fazenda ou do planejamento, com poder para nomear outros de outras pastas e auxiliares do segundo escalão.
Os nomes eram apresentados aos militares apenas pró-forma, a indicação ministerial era definitiva. A direita nacional “xerifada” pelos EUA, temerosa de uma escalada comunista no país, usava o autoritarismo militar para manter a ordem e repudiar a esquerda, que por sua vez obtinha apoio da internacional comunista através da União Soviética, cujo barco fez água coincidentemente com o governo dirigido pela militarização brasileira, que na verdade se sentiu sem referência.
O Brasil deixou de correr perigo de ser comunista, que não deu certo em Cuba. O governo militarizado acabou e os militares foram para os quarteis. O que veio depois todos estão vendo e sentindo, a corrupção secreta tornou-se escancarada, ao ponto de dois açougueiros abalarem a estrutura política do Brasil. Governo militar de fato aconteceu no país com Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto e na era de Getúlio, com Dutra.
ADOÇÃO
Muitos casais sem filhos por impedimento físico acreditam que ao adotar uma criança receberão uma graça de gerar um filho natural. Isso acontece muitas vezes, atribuindo ou não à intervenção divina. Um casal de uma cidade vizinha à Monte Alto, casado há quatro anos, não conseguia ter filhos. Adotaram um par de gêmeos recém-nascidos, dois meninos. Depois de três anos ela engravidou e deu à luz trigêmeos, três meninos. Com cinco garotos depois de dois anos ela voltou a engravidar e teve dois meninos gêmeos. Atualmente tem sete moleques em casa!
INFORME
O ex-governador do Rio, que está preso, é o Sérgio Cabral Filho. O pai dele, de quem emprestou para uso político, era um intelectual de esquerda que escrevia em vários jornais e publicações alternativas, combatendo a militarização do governo nos 25 anos de exceção. Um homem íntegro que estudava a história da música brasileira, tornando-se o maior especialista em MPB. O filho dispensa as apresentações.
GLEBA
O Movimento Sem Terra (MST) prega a distribuição de terras devolutas e as dos latifundiários em lotes para a Reforma Agrária. Antes do MST muitos políticos da esquerda sugeriam o loteamento da Amazônia com o mesmo objetivo, distribuir terras a quem fizesse uso dela de fato, os agricultores. Em alguns locais dos estados do norte, como Maranhão, Pernambuco, Piauí e outros também do nordeste, tiveram territórios desapropriados que foram loteados em glebas padrões para agricultores cadastrados. Noventa por cento desistiram antes da posse, os restantes venderam (Mesmo sendo proibido) sua parte e sumiram.
Um lavrador, quando viu o serviço a ser feito na sua terra, trocou-a com uma bicicleta e veio para São Paulo. (Vendeu a bicicleta, é claro, trocou-a por uma passagem de ônibus).
FAMÍLIA
Na história da Igreja Católica, apenas uma mãe e seu filho foram canonizados. Na mesma família dois santos. Ela nasceu em Algeria, no ano 44 D.C., ele 16 anos depois na mesma cidade, Mônica e Agostinho. O Santo Agostinho foi um dos pilares do cristianismo e sua mãe, Santa Mônica foi cristã atuante em Roma, casada com um romano pagão, que não aceitava a pregação da esposa, até que o filho defendesse-a mostrando ao pai a verdade da sua fé.
Foi de Agostinho a célebre frase que ao fazer um pedido a Deus para que permitisse sua abstinência sexual até o fim da vida, emendou: “não precisa ser para já, meu senhor!” (Agostinho queria um tempinho para aproveitar uns pecadinhos).
LISBOA
Portugal ainda mantém o sistema tradicional de voto. Levaram nosso sistema de urna eletrônica e não deu certo. Alguns meses antes da eleição a TV publicou avisos para que o eleitor votasse na urna eletrônica, que era um sistema moderno e eficiente. Na hora de votar, o português eleitor levou o anúncio ao pé da letra: a Urna Eletrônica foi eleita com imensa maioria!
CARAMBOLA
Onde existe uma subestação da CPFL, na saída para Taquaritinga, havia várias chácaras. Umas delas pertencia a um militar, que tinha um filho, colega de escola, o João Bolinha. Um dia ele convidou a gente para comer doce de carambola, que sua mãe era mestra na iguaria. Depois da aula fomos. Lá vimos que a mãe havia saído. Mesmo assim apanhamos uma das cinco bacias de doce e começamos a devorar. Era uma delícia. A mãe dele chegou. Virou fera. Disse que o filho não estava autorizado a comer o doce e menos ainda convidar alguém. Falei que pagava o que comi. Ela ficou mais brava ainda. Fez eu e o filho começar a comer todos os doces das travessas, caso contrário esperaria o marido para resolver o caso.
Na metade do estoque ela me liberou. Nunca mais comi a fruta ou doce dela.