ATENAS
A cultura grega antiga ainda é uma das mais avançadas do acidente. Temos a impressão que os gregos não faziam nada, além de pensar, meditar, filosofar, ler e escrever. Não é impressão! Eles realmente ficavam na boa, enquanto os escravos desempenhavam todas as tarefas do Estado e da população. Ninguém tinha escravo, eles eram propriedade do Estado que cediam seus serviços aos cidadãos, que usavam o tempo de folga para passear nas praças (ÁGORA) acompanhados de discípulos e acompanhantes, discutindo principalmente política. Assim funcionava oficialmente a pederastia (pede-jovam+restio-velho), os velhos davam aulas aos jovens, inclusive sobre atividade sexual.
A escravidão grega era modelo copiado pelo ocidente em geral, funcionava com normalidade e o escravo não era maltratado ou castigado, tinha apenas menos direito do que os livres. Muitos filósofos gregos requisitavam escravos para seu uso e o Estado concedia através de pré-condições. Alguns cativos trabalhavam com seus donos nas área política e filosófica, que adquiriam conhecimentos com os quais ganhavam a liberdade de pensadores independentes. Muitos filósofos de primeira grandeza foram escravos e não tinham cidadania grega. Os escravos na Grécia não podiam se casar também não eram autorizados a serem pais.
TROFÉU
Napoleão Bonaparte foi derrotado em Waterloo pelo duque inglês Wellington. O velho Napa é lembrado no mundo com mais de 100 filmes, 1000 livros e inúmeras peças teatrais, além de ter seu nome ligado a ruas, cidades, teatros e outros locais na França e fora dela, enquanto o Duque de Wellegton ninguém sabe quem foi, mesmo na Inglaterra é um ilustre esquecido.
Rui Barbosa, advogado e tribuno brasileiro, perdeu eleições para deputado no império e república. Foi candidato a presidente da república três vezes, foi derrotado em todas. Seu nome está espalhado pelo Brasil todo em ruas, avenidas, biblioteca, escolas, colégios e o candidato que venceu a última eleição contra ele, Marechal Hermes da Fonseca tem seu nome em apenas um lugar: um bairro do Rio de Janeiro.
Curiosamente, o escritor italiano Carlo Collodi, autor de vários livros, não conseguia editor. Era um jogador de cartas viciado. Certa noite perdeu muito e foi levado à prisão. Na cela, o delegado, ao saber que ele era escritor, disse que o soltaria se ele escrevesse uma história para seu filho de 10 anos, que faria aniversário no dia seguinte. Collodi aceitou, escreveu a história que foi aceita como fiança. Nome do livro: Pinóquio.
PRÊMIO
Depois dos 60 anos é chegada a hora da terceira idade. Isso é invenção para classificacar as faixas etárias cronológicas, porque fisicamente essa divisão é mais do que duvidosa. Não se sabe quem inventou essa história de que a terceira idade é a “melhor idade”. O que a terceira idade tem de melhor é a senha do cartão.
ASILO
Quando o saudoso Manoel Cardoso trabalhava no escritório do Asilo São Vicente, as pessoas se referiam à entidade como São Vicente de “Paula” (o correto é de Paulo). O Sr. Manoel corrigia imediatamente e fazia questão de esclarecer de vez: de Paulo, com a vogal O.
A gente queria vê-lo bravo errando propositalmente. Uma vez liguei lá perguntando para ele o nome e endereço da entidade, porque precisava emitir uma nota fiscal. O seo Mané foi claro: Asilo São Vicente de Paulo, com O no final. Respondi que não esquecia porque meu nome era com O e que meu segundo nome era Paulo. Ele disse que sabia porque lia no jornal, acrescentando que o nome do São Vicente no mundo todo era Paulo. Foi além: o seu também é com O, né Odair?
Respondi: nem sempre seo Mané, nem sempre, o do Teixeira é Adair! (Até hoje não sei o que ele respondeu, desliguei o telefone!)
SÃO VICENTE
Sobre a história de Paula ou Paulo envolvendo o senhor Manoel Cardoso, um episódio, que não participei aconteceu com um produtor rural, que passou no escritório do asilo São Vicente pra perguntar se ele poderia fazer uma doação a qualquer hora e dia. O seo Mané respondeu que poderia ser feita o dia todo. O doador disse que precisava fazer um recibo, para apresentar para o patrão. Depois de concordar, seo Manoel não deixou passar a oportunidade: é São Vicente de Paulo, está errado escrever com A é sempre O. Não esqueça!
– Pode deixar, eu não esqueço – é Vicento … Vicento! (Respondeu saindo o nosso letrado doador).
SANTINHA
Essa confusão de nomes não era exclusiva do São Vicente. No escritório do Educandário Menina Izildinha (Não sei se é o mesmo ainda) também havia confusão entre funcionários e doadores. Certa vez, uma senhora ligou para lá dizendo que enviaria uma prenda para a entidade e precisava dos dados do local. O funcionário que atendeu disse que era Educandário Menina Izildinha e informou o restante do endereço. A mulher disse que não era Menina, era “Santa”. Foi contestada, mesmo assim ela insistiu, dizendo que para ela o certo era Santa porque tinha ganhado graças da Santa Izildinha. O funcionário, para evitar discussão e abreviar a conversa, disse: coloca Santa Menina Izildinha!
Bio
Luiz Gama era negro filho de uma escrava com seu dono. Isso pela lei o fez nascer livre. Devido sua cor, era fácil vende-lo como escravo, burlando a lei. Foi o que fez seu pai quando ele tinha 11 anos. Seu novo dono, ao perceber que o menino tinha uma educação diferente dos escravos, o libertou e custeou o restante de seus estudos, se formou em direito e foi um militante abolicionista.