TECNÓCUO
A humanidade precisou de milhões de anos para desenvolver a atual tecnologia que transmite informação, fornece conhecimento, forma inteligência, desenvolve a intectualidade, chamada popularmente de internete e referida pelas demais mídias como redes sociais, que na realidade trata-se de plataformas sociais, nome correto do sistema. Redes sociais é o resultado!
O que o Homem está fazendo com o sistema digital ao seu alcance, na religião seria chamado de pecado mortal, nos principais códigos penais dos judiciários seria passível de pena máxima e um desperdício de um produto nobre. Usam o sistema para transmitir fofocas, contar piadinhas, criar polêmicas moralistas e denúncias sem conteúdo. O celular é uma arma usada para tiro no pé!
IDIOMA
Quando olhamos para a escrita chinesa, sirilica e outras, ficamos assustados com a complexidade daqueles sistemas linguísticos. O português é fácil! Não é uma facilidade sequer para nós. Os poliglotas afirmam que o idioma é o mais complexo das línguas do universo. Quem aprende português consegue dominar outros idiomas sem muita dificuldade. Apenas como ilustração, os países que falam o português dizem que temos um alfabeto (que é derivado do grego), quando temos abecedário (originário do latim, nossa raiz idiomática) e para complicar, nossos algarismos são arábicos (originário do árabe). O português é deveras complicado que o Brasil e Portugal, em alguns casos de literaturas, precisam de tradutores.
PARÁGRAFO
O brasileiro lê pouco e entende menos ainda. Existe um vazio enorme entre o que lê e o que pensa que está lendo. O texto é uma das dificuldades do leitor nacional e para quem pretende redigir. Uma desculpa dos que precisam redigir é a falta de assunto. Isso levou nossos educadores a fornecerem o tema para as provas de ingresso ao ensino superior ou às vagas de empregos públicos e privados. Essa falta de assunto é psicológica, o popular branco pode ser superado com uma simples pausa na concentração, como ouvir uma música, ler um trecho leve de qualquer texto ou ver uma cena de um programa de televisão de variedades. O temeroso bloqueio exige um procedimento mais profundo, como a leitura de uma seleção de contos e principalmente de poemas. Qualquer trecho da Bíblia é um santo remédio mental, talvez devido à obviodidade. A milenar advertência é fundamental: escrever difícil é fácil, o difícil é escrever fácil!
BRETANHA
Registrei aqui que Wiston Churchill, primeiro ministro inglês, ao final da Segunda Guerra Mundial, saiu como herói e mentor da vitória dos aliados, o que foi real. Candidato à reeleição, perdeu, o povo acreditava que ele era competente na guerra, na paz não era o ideal. Os ingleses são curiosos. Um dos povos mais cultos, literalmente falando, da Terra, responderam a uma enquete que Arthur Conan Doyle, escritor irlandês, não existia e que Sherlock Holmes, detetive inglês, era um personagem verdadeiro. Lá mesmo, foi realizado um concurso popular para escolher uma sósia de Charles Chaplin, que era inglês londrino, e o resultado foi surpreendente: ele foi um dos participantes, ficou em terceiro lugar!
GÊNIO
Sem duvidar da genealidade de Steve Jobs, cantado e decantado em prosa e verso pela mídia universal, devemos lembrar de casos geniais, sem comparar com Jobs, de gênios coadjuvantes nacionais. Mesmo parecendo criações de segunda linha, um paulistano, nos anos 50, ao observar que os trabalhadores burocráticos usavam ternos, paletó, calça e gravata obrigatoriamente, se deparavam com o problema do desgaste maior das calças, fundou uma rede de lojas de roupas masculinas: a Ducal. Os ternos da sua loja possuíam um conjunto de quatro peças, paletó, gravata e duas calças.
Outro paulistano, dono de uma tecelagem, aproveitou o auge da moda JK (Iniciais de presidente Juscelino) e fabricou uma série de tecidos usando o nome como padrão. Embora JK não tivesse registro ou patente, ele foi criticado pelo oportunismo e acusado de fazer fortuna com um momento histórico do país. O industrial de origem libanesa publicou anúncios nos principais jornais do Brasil: JK era a marca dele, inicial do seu nome – José Kalil.
GELO
A Sibéria é a região mais inóspta da Terra, um território russo isolado, praticamente sem população humana. Na época da União Soviética (URSS), Lenin e Stalin enviaram mais de 20 milhões de dissidentes às prisões e campo de concentração siberianos, de onde ninguém voltou, morriam de fome ou frio. No verão siberiano a temperatura média é de 10 graus negativos, no inverno baixa para 40 e 50 graus, quem sobrevive fisicamente, morre vítima de doenças mentais, o cérebro fica semicongelado. Um dissidente soviético escreveu um livro arrepiante sobre os campos siberianos, O Arquipélago Gulap, ele sobreviveu.
A União Soviética construiu a maior ferrovia do mundo, ligando Moscou à Sibéria, que transportava prisioneiros e voltava com minério de ferro, fruto dos trabalhos forçados. A estrada tinha milhares de paradas durante o trajeto, nas quais os mortos eram descarregados. As estações eram paradas obrigatórias, para checagem, cada um tinha no máximo 10 funcionários, que morriam sempre loucos pelo isolamento. Dizem que os trens eram usados para o serviço de recenseamento populacional e quando os burocratas pararam em uma estação, viram um funcionário e ao perguntarem em quantos estavam, ele respondeu que eram dois. Ao pedirem para ele mostrar o companheiro, ele disse que era imaginário, criou-o para não morrer louco.