A Diretoria Regional de Saúde de Ribeirão Preto confirmou, na semana passada, que um macaco da espécie Bugio, encontrado doente em Monte Alto no início de novembro, e que faleceu posteriormente, estava infectado pelo vírus da febre amarela. Este é o quarto caso semelhante na região; dois em Jaboticabal e um em Ribeirão Preto.
O animal foi localizado por moradores da zona rural do bairro Areias-Tijuco, próximo ao Córrego Rico. Com a confirmação da doença, a equipe da Vigilância está realizando mobilização na região, vacinando os membros da família que encontraram o animal, além de funcionários de uma empresa, que fica nos arredores do local.
“Caso algum munícipe encontre um macaco doente, ou então com suspeita da doença, pedimos para não ter contato com o mesmo em hipótese alguma. A primeira ação é ligar para a equipe do Corpo de Bombeiros, pelo número 199”, comenta a Dra. Kellem Ruellas, diretora da Vigilância.
O mosquito Aedes aegypit também pode transmitir a doença, no meio urbano, por isso a médica ressalta a importância da eliminação de possíveis focos do mosquito; na zona rural, a transmissão ocorre pelo mosquito haemagogus.
VACINAÇÃO – A vacina contra a Febre Amarela já faz parte do calendário nacional do SUS desde 1992. “Temos uma estimativa que 70% da população esteja em dia com a vacina. O número só não é maior pois algumas pessoas perdem as suas carteiras de vacinação. Por isso, em caso de dúvida, procure a Unidade de Saúde mais próxima para regularizar a sua situação”, destaca Dra. Kellen. “Não há motivo para a população entrar em pânico”, finaliza.
SINTOMAS – As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.