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PAÇO
As Prefeituras brasileiras identificam o cidadão municipal como contribuinte. Com isso, os municípios se colocam em nível inferior à União e aos Estados no contexto republicano. O brasileiro sente-se na obrigação de pagar impostos e tributos confederados e estaduais e na qualidade de contribuinte, pode ou não, pagar seus tributos e taxas municipais, embora a lei é reconhecidamente clara quanto à obrigatoriedade municipal de receber o que lhe é devido, para que tenha condições de prestar serviços aos seus munícipes. O termo contribuinte, legalmente, tem o mesmo peso no contexto universal de “imposto”, tem um sentido cultural no Brasil de opcionalidade. Isso porque para o cidadão municipal, o governo Executivo (Prefeito) e o Legislativo (Vereadores), pela proximidade com o povo, não tem autoridade à altura para impor deveres à população. Nessa avaliação política popular há que se considerar o velho “palanque”, no qual candidatos prometem que farão de uma simples cidade uma metrópole, ou seja, nas entrelinhas, o município é independente de arrecadação tributária do “contribuinte”.

CAMINHO
Muita gente peregrinou pelo Caminho de Compostela, na Espanha, uma façanha mítica e religiosa, baseada na fé e na busca de um sentido para a vida, se é que ela tem. Sem ousar comparar, Monte Alto e região tem algo parecido com o famoso caminho espanhol. Se tomarmos como saída das sedes de algumas fazendas na região do povoado de Ibitirama e seguirmos em direção a Monte Alto, Vista Alegre do Alto, Taiaçu, Taiúva e Pirangi, com paradas estratégicas nos santuários, conhecidos como capelas, podemos encerrar a peregrinação em Aparecida de Monte Alto.
Como o trajeto sugerido não é oficial e os locais para as visitas não tem autorização dos proprietários, o Caminho de Monte Alto contenta-se com a teoria, que pode receber uma dose de boa vontade, uma pedra de fé e muito miticismo.

MADRE
A agora santa, Madre Tereza de Calcutá, tinha um preceito no qual afirmava que amar os que estão longe da gente é fácil, que o verdadeiro amor é quando amamos os que estão próximos. Ela fazia isso dia e noite comendo e dormindo dentre os doentes e moribundos de Calcutá. As pessoas que precisam de amor e consequentemente de ajuda estão do nosso lado, são nossos vizinhos, nossos colegas de trabalho e estudo. Emitir um cartão colorido com letras douradas em alto relevo com o nome pomposo de Bolsa Família é apenas um ato populista de um Estado, com a cumplicidade do povo. O verdadeiro amor não é eletrônico!

ESPETO
Depois do argentino, o churrasco mais saboroso sul americano é o gaúcho. Como tudo que acontece no mundo é fruto do acaso ou da necessidade, o churrasco no Rio Grande do Sul foi uma necessidade, que surgiu no século 17. A província tinha o maior rebanho bovino da colônia, porém, não possuía panelas, baldes e outros utensílios para cozinhar a carne. Tiveram que apelar para a carne assada na brasa regada a sal e banhada na salmoura. O gaúcho comia churrasco dia e noite. Era um sacrifício, diga-se!

SÍMBOLO
A suástica nazista é uma cruz estilizada. O símbolo é milenar, cultuado por algumas seitas hindus, que lhe atribuíam um poder universal, cujas forças venciam todas as demais. Quem prestava devoção a ela tornava-se invencível na guerra e insuperável na paz. Algum guru sugeriu a Hitler sua adoção para simbolizar o poder do Terceiro Reich. Curiosamente, um mago, na Inglaterra, cujo nome foi mantido em total segredo, ensinou ao primeiro ministro britânico, Wiston Churchill, uma defesa contra o poder da suástica, um sinal mostrado com dois dedos na mão, estilizando um V (Em vários idiomas). Praticamente todas as horas do dia que aparecia em público, Churchil, fazia questão de mostrar o gesto, que ficou famoso no mundo, como o V da vitória. Se o mago existiu ou foi inventado, não vem ao caso, o simples V venceu a suástica.

PREJU
Não faz muito tempo que os locutores esportivos se referiam a um time que perdia e continuava buscando a vitória, como aquele que estava correndo atrás do prejuízo. Era uma discrepância, porque a gente corre atrás apenas do que é bom, como prejuízo é um mal, correr para ele é burrice. Nas eleições, cansamos de ouvir a burrice repetida pelo plantonistas das prévias, o segundo candidato estava sempre correndo para o prejuízo, ou seja, dessa forma baixava a cotação dos votos que tinha. Os caras do futebol também usaram demais o “desconto” no tempo que o árbitro dava no final da partida. Tanto foram criticados que passaram a usar o temo correto: o árbitro não dá desconto no tempo de jogo, acrescenta-o!

URNA
Sempre depois das eleições, surge o tema abstenção. Cada um tem seu motivo para justificar a ausência do eleitor nas urnas. O maior motivo é o comparecimento obrigatório, que o eleitor interpreta como voto obrigatório. Ao comparecer às urnas, a obrigatoriedade está cumprida, escolher candidato é um ato livre, o voto nulo e o branco são o meio legal para tanto. O eleitor não quer comparecer à sessão eleitoral para não admitir que está obrigado a fazê-lo, culpando a lei e os candidatos pela ação. Se o Brasil adotar o inédito voto em domicílio (o mesário se apresenta na casa do eleitor com a urna na mão), todos votariam e a abstenção seria zero. (Ressalva, desde que se usasse o inglês delivery, um sistema que graças ao comércio, o brasileiro entende melhor).

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