Sérgio Raposo do Amaral e a histórica tradição de uma família

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sergioA história contada na coluna desta edição é de um homem que conviveu com o primeiro banqueiro de Monte Alto, Dante Borghi, que era seu avô, e com um dos mais renomados advogados da Cidade Sonho, Dr. Júlio Raposo do Amaral, que era seu pai. Esta entrevista foi concedida a este colunista no dia 23 de agosto deste ano, porém, devido ao período eleitoral, achamos por bem publicá-la somente agora, uma vez que seu filho, Dr. Júlio Raposo do Amaral Neto, era um dos candidatos a vereador, que aliás, elegeu-se mais uma vez com expressiva votação.

Sérgio Borghi Raposo do Amaral, nasceu no dia 23/11/1934, filho de Júlio Raposo do Amaral e Irina Borghi Raposo do Amaral. Tem dois irmãos, Júlio Borghi Raposo do Amaral Filho (in memoriam) e Ana Maria Tereza Borghi Raposo do Amaral. Casou-se em 1957 com a professora Henriqueta Pagliuso. “A recepção do nosso casamento foi no Monte Alto Clube, Alencar”. O casal tem três filhos: Júlio, Marcos e Cláudia, seis netos: Sérgio, Juliana, Lucas, Bruna, Paula e Isabela e três bisnetos: Emanuelle, Emilly e Rafaela.

Os estudos – “Estudei na escola Dr. Raul da Rocha Medeiros e me lembro da professora Salime Abuasse. Morei em São Paulo e lá, estudei no Colégio Bandeirantes. De volta a Monte Alto, passei a estudar escola Dr. Luiz Zacharias de Lima, que havia sido recém inaugurada . Tinha uma professora de latim, chamada dona Mirele; tempos depois, eu fiquei sabendo que ela gostava de mim (risos)”.
Depois de concluir os estudos, sempre trabalhei administrando a fazenda do meu pai.

O avô e o primeiro Banco de Monte Alto – “Minha mãe era de uma família muito tradicional, os Dante Borghi. A família dela tinha uma casa bancária, aliás a primeira de Monte Alto, que ficava onde hoje é a Pernambucanas. Meu avô, Dante Borghi, tinha fazendas e nós íamos todos os anos nas festas de São João e Santo Antônio. Ele sempre me pegava no coloco e me dizia: “Filho, olhe para o horizonte, até onde sua vista enxergar, é tudo nosso”.

O Pai um advogado Historico – “Meu pai era um advogado seríssimo, honestíssimo, pessoa de um temperamento forte. Muitas foram as passagens que marcaram sua história na advocacia da cidade. Uma delas foi quando ele precisou fazer uma petição e estava sem papel na sua pasta, e usou algumas folhas de papel do Fórum. Ele colocou o papel na máquina e começou a fazer o seu trabalho, quando de repente, o Juiz apareceu na porta e disse que ele não tinha direito de usar as coisas do Fórum. Nossa… pra quê!? Ele ficou muito irritado e ficou até a discutir com Juiz, dizendo que como cidadão que paga seus impostos, tinha o mesmo direito”.

Causos reais de Dr. Júlio Raposo do Amaral – ”Certa vez, meu pai tinha uma dívida no Banco do Brasil, que ia vencer no final daquele ano, porque ele financiou um trator. O Jânio Quadros sancionou uma lei adiando para o próximo ano o vencimento daquele tipo de financiamento. Aí, ele chegou em mim e disse: filho vamos comigo em Jaboticabal eu preciso ir ao banco. Nisso, meu pai entrou na sala do Banco, com o jornal na mão para informar que a dívida não ia mais vencer. O gerente do banco leu e falou que aquela lei servia só pra quem não tinha vergonha na cara e que queria se aproveitar da lei. Rapaz, ele voou para pegar o gerente, que foi parar embaixo da mesa!”.

Um politico diferente – “Quando meu pai entrou para política ele não pedia votos, não fazia campanha, apenas falava para as pessoas que se elas achassem que ele era merecedor do voto, que então votassem nele, e se não achassem, que não votassem. Poucas vezes ele subiu em palanque pra pedir voto, acredito que só umas duas vezes. Ele sabia muito das leis, sempre leu muito, tinha em casa uma enciclopédia completa de todas as línguas, formou-se em uma das melhores faculdades de direito do Brasil, a USP – Largo São Francisco e trabalhava na faculdade como reitor”.

POLÍTICA – “Quando meu filho, Júlio Raposo do Amaral Neto entrou para a política, quem mais o incentivou fui eu. Nossa família queria que eu entrasse para a política, mas preferimos que fosse meu filho, Júlio Neto. Eu e toda família, inclusive meu pai, trabalhamos para que ele foi eleito e desse continuidade ao trabalho do meu pai; ele já foi presidente da Câmara por três vezes.
Meu pai ficou 46 anos sem perder uma eleição e meu filho ficou mais de 20 anos sem perder também”.

JARDIM IRINA – ”Meu pai tinha um pedaço de terra e decidiu lotear, ele chamou o engenheiro Fernando Miziara, de Taquaritinga para fazer o projeto. Foi ele quem deu a ideia de colocar o nome da minha mãe. Ele perguntou para o meu pai: – qual nome vamos dar ao bairro ? Meu pai ficou pensando, e então o engenheiro disse: vamos colocar o nome da sua esposa, Irina. E assim ficou, por isso o bairro chama-se Jardim Irina.

Uma Troca Inusitada e social – ”Teve uma pessoa que queria comprar um terreno, mas disse que não tinha dinheiro; foi então que meu pai perguntou a ele: – o que você tem no bolso? Ele tirou uma caixa de fósforo e disse: – Tenho apenas uma caixa de fósforo, Dr Júlio. Meu pai pegou a caixa de fósforo dele e disse: – O terreno é seu. Essa pessoa já morreu, mas trabalhou para nossa família por 20 anos”.

Um grande homem, Dr. José – “O Dr. José Rodrigues sempre foi adversário politico do meu pai, mas eu faço questão de registrar aqui que, quando meu pai ficou acamado, muito doente, ele foi um dos poucos que vinham quase todos os dias visitá-lo. Ele era um grande homem e um grande médico, por isso que eu dei meu voto para o filho dele, o João Paulo, que também é uma grande pessoa”.

MENSAGEM – “Jovens, persistam no que vocês querem e não desistam. Estudem, estudem, estudem!”

Registrando

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