Atriz de teatro, televisão, publicidade e, agora, de cinema. A carreira da montealtense Analice Pierre ganha um novo capítulo no próximo dia 15 de setembro, quando estreia nos cinemas de todo o Brasil, o filme “Desculpe o Transtorno”, dirigido por Thomás Portella. “A gravação ocorreu há dois anos, mas somente agora o filme irá a cartaz. Faço o papel da secretária do personagem do Marcos Caruso que, por sua vez, interpreta o pai do ator principal Gregório Duvivier. Na trama, ele sofre de dupla personalidade, e se divide entre o amor das personagens de Clarice Falcão e Dani Calabresa”, comenta Analice. “Apesar de ser a minha primeira participação no cinema, não precisei fazer teste, recebi um convite da Gullane Filmes, devido a antigos trabalhos feitos com eles”, complementa.
O filme teve uma pré-estreia em São Paulo no dia 6, com a presença de Analice, e depois seguiu para o Rio de Janeiro. “A gravação foi em um escritório de verdade, transformado em estúdio. Foram três dias de muito aprendizado. Meu contato foi direto com o Marcos Caruso, que foi maravilhoso; sempre conversamos durante o tempo livre nos bastidores”, relata.
Apesar de esse ser tratado como seu primeiro filme, Analice já havia feito, no ano passado, uma incursão pela sétima arte. Trata-se do longa-metragem “Quero dizer-te Adeus”, que conta a história de vida do cantor Orlando Silva. “O filme não tem patrocínio e ainda estão em busca de uma distribuidora, teve apenas uma estreia em São Paulo, na Cinemateca. A dificuldade nesse meio é muito grande”, relata.
PALCOS – A filha da Dona Maria Alice e do Seo Pierre (falecido há dois anos), grandes incentivadores de sua carreira, sempre foi fã de Teatro. Foi através dele que ela começou no ano 2000, em Ribeirão Preto, após um curso de férias. “Foi amor a primeira vista”. Ainda na cidade vizinha, concluiu a faculdade de Artes Cênicas pela Barão de Mauá. Em 2005 partiu para São Paulo, em busca da consolidação da carreira. “Fiquei dois anos sem atuar e, nesse tempo, trabalhei em banco para ter uma renda fixa. Paralelamente, seguia com os estudos. A vida de ator é desgastante e é necessário muito aprendizado, muito estudo. Com apoio incondicional do meu marido, Rafael Carandina, estou há dois anos totalmente focada na carreira de atriz, pois, se não fosse ele, estaria novamente trabalhando em um escritório”. Nesses 11 anos, Analice formou-se pela escola de atores Wolf Maya, fez mais de 20 campanhas publicitárias, para empresas como SKY HDTV, Vivo, Grupo Pão de Açúcar e GVT telefonia, participou de três capítulos na novela do SBT “Uma rosa com Amor”, do seriado “Mothern” do canal GNT e seriado “Desprogramados”, do canal Multishow; em 2013 ficou em cartaz com a peça “A7 Pecados” e, no ano seguinte, com o musical infanto-juvenil “SUKATA”; foi protagonista no Curta-Metragem “Heleninha Costa, um furacão radiofônico”, pelo Projeto Memórias: Velhos Nomes, Novos Talentos. Gravou também com este mesmo projeto, mais quatro curtas-metragens exibidos no Cine Olido em São Paulo. Em 2015 estreou a peça teatral “60 Minutos Assim Assim”, obra baseada em contos de Nelson Rodrigues, que ficou em cartaz durante três meses.
CENSURA 18 ANOS – Ainda em 2015, Analice estreou a peça “Bendito seja seu maldito nome”, inspirada em obras de Plínio Marcos, dirigida por Jean Dandrah. O espetáculo teve reestreia no sábado, dia 3, na Casa Amarela (rua da Consolação, nº 1075), e fica em cartaz até 6 de novembro, sempre aos sábado e domingos, às 20h45. “Não temos patrocínio, então a divulgação vai do boca a boca. Convido os montealtenses a nos prestigiarem. Trata-se de uma obra fora da nossa realidade, onde convivem traficantes, prostitutas e moradores de rua. A peça tem classificação etária de 18 anos”, relata. “No Teatro, cada apresentação é diferente, pois a plateia nunca é igual. Então toda vez dá o famoso frio na barriga. No teatro não podemos errar. É desafiador”, ressalta.
PRÓXIMO – Ainda neste ano, a atriz deve voltar ao palco com a peça “60 Minutos Assim Assim”. “O meu diretor, Jean Dandrah, também está escrevendo um auto de Natal, para ser apresentado no mês de dezembro”. Analice também irá aparecer, nos próximos meses, em seis vídeos de treinamentos para consultoras da Natura, que poderão acessá-los via youtube ou aplicativo da empresa nos smartphones.
MOCINHA X VILÃ – “Prefiro ser a vilã. A de agora (“Bendito Seja Seu Maldito Nome”) é uma mulher má, que tira a arma para matar, inclusive manda matar o próprio pai. Ela foi escrita especialmente para mim e não existe na obra do Plínio Marcos. Quanto mais a personagem é diferente da nossa realidade, mais gostoso é de se fazer. Quanto mais difícil, mais estudamos e procuramos referências. Ser mocinha numa história é mais fácil, por isso o prazeroso é a vilã”.
FRASE – “Eu sei que nasci para ser atriz. Busco ter a minha realização profissional, ser reconhecida pelo meu trabalho. Gostaria muito de me apresentar em Monte Alto mas, para isso, seria necessário algum empresário se interessar em nos patrocinar ou nos apoiar e levar nossa peça pra Monte Alto. Espero, um dia, que isso se torne realidade”, finaliza.