Cult
A televisão é a maior fonte de cultura de noventa por cento dos brasileiros. Na programação televisiva, a preferência nacional são as novelas, chamadas de teledramaturgia pelos autores e de subcultura pelos intelectuais. Como as novelas são insubstituíveis na programação, nossos governantes são sabem tirar proveito dessa realidade. A televisão é uma concessão do Estado, tem o poder de usar o veículo para beneficiar o povo, sem censurar e influir na criatividade artística dos autores, solicitando via ministério da educação, um contexto direto com os telespectadores, através das novelas. O brasileiro consome ficção na TV como um produto real, se a realidade for inserida na programação ficcional, haverá automaticamente uma aceitação normal, conduzindo a mentalidade cívica para que o brasileiro seja um cidadão compatível com a necessidade da nação. Se um brasileiro ler 100 livros e assistir um capítulo de novela, sua memória perpetua este e apaga aqueles!
Ouro
Em 1932, nas olimpíadas nos EUA, em Los Angeles, o Brasil participou com uma delegação transportada por um navio. Levaram café e cachaça nos departamentos de carga. No porto de chegada o café foi confiscado, porque caracterizava contrabando. Quando a cachaça foi apreendida, o chefe da delegação perguntou aos fiscais por que a bebida era proibida. A resposta foi a Lei Seca em vigor, foi quando nosso gênio subiu alto no pódio da ignorância: “a gente pensava que a Lei Seca era para whisky somente”.
Película
Um júri internacional criado via internete para escolher o pior filme do ano, votou em massa no 50 Tons de Cinza.
Giz
Os professores brasileiros precisam de uma mobilização urgente para debater o projeto de lei do senado “Escola sem Partido”. Na sala de aula o professor é soberano e dentro do currículo, pode lecionar conforme sua consciência de educador responsável pela formação do aluno. Não existe sistema educacional sem política ou formação política sem educação. Um Estado democrático como o Brasil diz ser, precisa de uma escola politicamente ampla, mostrando ao futuro cidadão, que é o estudante, que o país dele é democrático e que outros são absolutistas, sem que isso mostre o que é certo e o que é errado. O Brasil é um Estado laico, portanto, escola nenhuma, pública ou privada, deve ter religião no programa de ensino.
Braço
No começo do mundo os mais fortes fisicamente subjugavam os mais fracos. Mesmo portando armas do tipo lança e espada, os fracos continuavam em desvantagem. Tudo isso acabou, quando no século 18, nos EUA, o texano Samuel Colt inventou o revólver. Um baixinho de 1,60 metro enfrentava um gigante de dois metros e muitas vezes vencia.
Placa
Na frente de um brechó: BRECHÓ DE ROUPAS USADAS. Alguém pichou embaixo: e de pleonasmo.
Conexão
O gênero de uma sigla está ligado ao primeiro nome do qual se originou. Por exemplo: A Sabesp (A Companhia…). o SESI (O Serviço…). Uma sigla que mantém um erro antigo é Dersa. Todos dizem A Dersa, quando o correto é O Dersa (O Departamento de estradas S/A). Antigamente, em Monte Alto havia o supermercado do SESI, que as pessoas diziam: A SESI. Na rua Jeremias de Paula Eduardo, na altura do nº 1820, onde está uma casa em demolição, temporariamente, em 1959 funcionava a Escola do SESI, que era chamada no feminino de A SESINHA. (Com a inauguração do Jeremias, os alunos foram transferidos).
Pergunta
Quando uma pergunta é mal formulada, a resposta tende a ser incorreta. Um velho exemplo disso é considerado anedota, aconteceu quando uma família comprou um apartamento e resolveu trocar o piso. Como o apartamento do andar de baixo era igual, a esposa resolveu perguntar ao dono quantos metros ele havia comprado ao trocar o piso do seu imóvel. Noventa e dois metros, foi a resposta. Compraram a metragem sugerida. Depois que a obra acabou, foi notado que sobraram três metros do piso. A mulher ligou para o vizinho e fez a observação. O homem respondeu: “na minha reforma também sobrou, a senhora perguntou quanto eu havia comprado e não quantos metros foram usados”.
Trono
Em 1956, Jânio Quadros, era governador de São Paulo. Ficou famoso pelo estilo de governar, despachando através de bilhetinhos e também pelas famosas incertas que fazia às repartições. Muitas foram folclóricas. Uma que ficou famosa foi a visita que Jânio fez à agência central dos Correios. Ele chegou no guichê e foi se apresentando à atendente: “sou Jânio, o governador do Estado”. A moça riu e gritou para o chefe: “venha até aqui que um maluco, todo descabelado, está dizendo que é Jânio Quadros”. O chefe da agência gritou lá do fundo: “olhe bem para ele, se estiver bêbado é Jânio”. Como sempre estava bêbado, mesmo assim conseguiu assinar a exoneração dos dois!
Brasília
Governador paulista, Jânio tinha uma amante, a escritora Adelaide Carraro. Ele rompeu com ela, para se candidatar sem problemas, a presidente da república. Adelaide se vingou, escreveu um livro narrado na primeira pessoa, cujo título era “Eu e o Governador”. Ele mandou confiscar todos os exemplares nas bancas. Alguns meses depois foi eleito presidente, a maior surpresa eleitoral da história da república; Adelaide foi a Brasília na posse, foi ignorada pelo namorado, ela voltou a São Paulo, cometeu a segunda vingança. Escreveu: “Eu e o presidente”. A editora organizou um pacote com os dois livros. Vendeu tudo!